terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Em breve 'Provocações aos cristãos" Aguarde!


Vem aí "PROVOCAÇÕES AOS CRISTÃOS"
por Jefferson Ramalho e Julio César Silveira
Aguarde

domingo, 26 de dezembro de 2010

*** Curso de Verão - História da Igreja - Confira!


Programa de Estudos do Curso de Verão de História da Igreja
Tema: Uma Nova História da Igreja – encontros e desencontros.
Professor: Jefferson Ramalho
Dia/horário: 6ª feira - das 19h30 - 22h30
Datas: 21/1, 28/1, 4/2 e 11/2

Ementa: A História da Igreja Cristã é uma disciplina autônoma na formação teológica. Por esta razão, pode ser revisada metodologicamente, não tendo de ficar confinada ao estilo apologético e triunfalista iniciado por seu precursor Eusébio de Cesaréia (autor, no século IV, da primeira História Eclesiástica). Assim sendo, pretendemos neste curso revisar a história da religião cristã, pensando numa Nova História do Cristianismo a partir de autores religiosos e não religiosos. Procuraremos observar e reler a trajetória da religião cristã e seu paralelismo com os diferentes contextos históricos e com outras religiões.

Programação

21/1 = Um breve olhar na história da historiografia da religião cristã.

28/1 = Uma visão panorâmica na história do cristianismo.

04/2 = Século IV - um "momento" decisivo na história da igreja.

11/2 = As reformas do século XVI e os seus efeitos na modernidade.

Bibliografia sugerida:
ALBUQUERQUE, Eduardo Basto. A história das religiões. In: USARSKI, Frank (org.). O espectro disciplinar da ciência da religião. São Paulo: Paulinas, 2007.
CORBIN, Alain (org.). História do cristianismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
DANIÉLOU, Jean; Marrou, Henri-Irenée. Nova história da Igreja – dos primórdios a São Gregório Magno. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1984. (Coleção Nova História da Igreja, vol. 1).
EUSÉBIO DE CESARÉIA. História eclesiástica. São Paulo: Paulus, 2000.
EUSÉBIO DE CESARÉIA. Historia eclesiástica. Madrid: B.A.C., 2001.
EUSÉBIO DE CESARÉIA. História eclesiástica. São Paulo: Fonte Editorial, 2002.
HERMANN, Jacqueline. História das religiões e religiosidades. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; Vainfas, Ronaldo (orgs). Domínios da história – ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
KÜNG, Hans. A igreja católica. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. (História Essencial).
HOORNAERT, Eduardo. A memória do povo cristão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1986.
RAMALHO, Jefferson. Um breve olhar na história da historiografia cristã. n: Ciberteologia – Revista de Teologia e Cultura. São Paulo: Paulinas, 26. ed., ano V, vol. 2. nov/dez 2009, p. 183-202. Disponível em http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/2009/12/02-Livro-digital-SOTER-2009-vol-2-de-3.pdf
SILVA, Rogério Forastieri da. História da historiografia. Bauru, SP: EDUSC, 2001. (Coleção História).
SIMON, M.; Benoit, A. Judaísmo e Cristianismo primitivo. São Paulo: Pioneira / Edusp, 1987.
VEYNE, P. Quando nosso mundo se tornou cristão – 312-394. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

INFORMAÇÕES: cafeacademico@yahoo.com.br

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Reflexão (72) - (IN) Felizes Natais


por Jefferson Ramalho

Como desejar Feliz Natal se para muitos ele não o será?

Como desejar Paz, se muitos estão em guerra, dentro de casa, da família, onde um apelo à reconciliação não se mostra suficiente?

Como desejar Saúde, se o câncer e tantas outras ‘pragas’ são causas de tantas lágrimas que na noite de hoje não deixarão de ser derramadas?

Como desejar Alegria, se a dor da perda, da morte, da saudade, invadiu o coração e a alma de tantos e tantas, de um jeito que parece até que nunca mais vai sair?

Como desejar Fartura, se a fome, o desemprego, a falta de recursos, ainda continuam presentes nas vidas de tantos seres humanos?

Como desejar Grandes Conquistas para o Ano que virá, sendo que nem o básico ainda se faz real na realidade precária de vida de tantos irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai?

Que Pai é esse? Que Pai é esse que permite tanta desgraça, tanta desigualdade, tanta dor, tanta escassez, tanto sofrimento?

Ao mesmo tempo, que Pai é esse que parece estar em conluio com tanto consumismo, com tantas mentiras ditas em Seu Nome, com tantas manipulações feitas para Sua Glória?

O fato é que os Natais passam, acontecem, e as coisas não mudam. O cenário é sempre o mesmo! Não tenho problemas com a hipótese de que o Natal que conhecemos e celebramos, existe para fins comerciais. Isso é bobagem! No Natal, os que podem, e eu por (in)justiça sou um destes, gostam de comer e beber muito bem, mesmo! Tudo do bom e do melhor!

Não fazer, no momento da ceia de Natal da família, uma reflexãozinha em memória do suposto aniversariante não vai fazer nenhuma falta, mesmo porque, Ele, nunca ligou pra essas coisas. Ele espera muito mais de nós no que tange outras questões! Podem ter certeza!

O grande problema é que os Natais de 2011, 2012, 2013...2050, 2500 etc etc etc também serão assim. Sempre terá gente com alguma doença mortal, sempre terá gente com fome, sempre terá gente com câncer, sempre terá gente sentindo a dor da perda!

Sendo assim, o que fazer? Acredito que nestes momentos, a melhor opção, é ser alguém verdadeiramente solidário.

Não deseje Feliz Natal a quem chora, mas chore com essa pessoa!

Não deseje Feliz Natal a quem perdeu um ente querido, mas simplesmente lhe dê um abraço bem apertado e em silêncio, sem dizer nada (não há o que dizer)!

Não deseje Feliz Natal a quem tem fome, mas divida, compartilhe o que você tem!

Não deseje Feliz Natal de maneira hipócrita a quem lhe agrediu, mas abrace-o e peça perdão, ainda que a culpa do conflito não tenha sido tua, pois na ótica do seu agressor, o culpado foi você!

Isso tudo, com certeza, será muito melhor que fazer uma reflexãozinha sobre o nascimento de Jesus, pois imitá-lo é melhor que bajulá-lo.

Pense assim: um dia serei eu que no Natal estarei sentindo a falta de alguém que perdi, um dia serei eu ou alguém que amo que poderá estar passando seu Natal no leito de uma UTI, um dia serei eu que poderei não ter uma mesa farta para compartilhar com meu próximo!

Se o seu Natal de hoje à noite estiver carregado desta consciência, tenha certeza que os votos de Feliz Natal que você der e que você receber serão bem mais constituídos de significado em seu coração e em sua alma!

Um Feliz Natal!

Até 2011, se o Aniversariante assim permitir!

na Graça,
Jefferson

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

DOMIGO PRÓXIMO (19/12) às 18h30


Será nosso ultimo encontro de 2010.

Seria muito bom se pudéssemos ENRIQUECER a nossa MESA com comidinhas, docinhos, frios em geral, pães e bebidinhas pra celebrarmos juntos o fechamento deste ano que está se findando.

Você, sua família, seus amigos e quem desejar, são todos bem vindos.

Mesmo você que está recebendo este e-mail pela primeira vez, ou, o recebe sem nunca ter estado entre nós, sinta-se a vontade e desde já convidado pra se juntar a nós.

Vamos nos despedir de 2010, AO REDOR DA MESA, como foram nossos encontros durante o ano todo.

Se quiser, já que leu até aqui, continue lendo...

Encorajo você a viabilizar encontros familiares e/ou entre amigos nestes dias comemorativos de Natal e Ano Novo.

Como já escrevi, entendo que estes períodos podem ser usados para ENCONTROS CON-FRATERNAIS, RECONCILIAÇÕES, COMEÇOS E RECOMEÇOS.

É sempre um período emblemático, isto é, podemos fazer deles, momentos memoriais, simbólicos e significativos. Isto é bom, acredite.

É bom identificar momentos em que ciclos se fecham e outros se abrem.

É bom saber quando um ciclo se fechou e quando outro precisa ser aberto.

É bom estabelecer algumas metas, mesmo que, é assim que prefiro, sejam metas modestas.

Não há nenhum “pecado” nisto.

É bom seguir algumas tradições e cumprir alguns ritos, claro, desde que, não nos prendamos a nenhum deles.

Não fique isolado neste período, a não ser que seja uma decisão tomada para o seu bem, senão, vamos lá, ligue pra alguém e se juntem pra celebrar estas datas.

Se alguém te ligar e convidar pra passar o Natal e o Ano Novo juntos, não pense duas vezes, aceite logo.

Não se alimente de “birras”, amarguras “bobas”, ressentimentos antigos, produzidos por algum desencontro nos caminhos da vida. Deixa isto pra lá. É normal. Acontece sempre.

Se for o caso e no que depender de você, volte atrás em algum posicionamento acirrado. Não espere que te liguem, ligue você.

Não espere que venham te pedir perdão. Peça você.

Deixe frestas abertas pra que entre o oxigênio da vida relacional.

Ore algumas orações simples.

Brinde aquelas pequenas conquistas ou o fato de estar vivo e com alguém pra brindar a vida.

Vá andar de mãos dadas com seu amor, com seus filhos, alguns amigos e curtam com bom humor a vida e todas as implicações que há no fato de estar vivo.

Escreva um e-mail carinhoso pra alguém e lhe deseje Feliz Natal e um Ótimo ano Novo.

Monte uma arvore de Natal. Coloque uns “pisca-piscas” nas janelas, nas grades, na arvore em frente de sua casa, enfim onde de alguma forma você contribua pra que tenhamos a cidade bem iluminada..rsrsr..

Se você se reunir com alguns, leia a narrativa bíblica sobre o nascimento de Jesus e encoraje a todos a uma reflexão simples, tipo, SIGAM A ESTRELA.

Finalmente, eu acho, reparta algo seu com alguns dos excluídos que vivem próximo de você. De uma boa “caixinha”para os balconistas da padaria, entregadores diversos, garis, carteiro, etc...e lhes deseje um Feliz Natal e um bom 2011.

Diga a alguns que podem contar com você em 2011.

Acho que é isto.

Tomara nos encontremos pra um abraço.

Obrigado por contribuir pra que minha mesa tenha pão.

Obrigado a você que, mesmo não participando nos encontros dominicais, lembra de mim e de minha família e entende que deve participar do meu sustento.

Obrigado mesmo e Feliz Natal. Excelente 2011 pra você e sua família.

Graça, paz & todo bem da parte de Jesus, Senhor nosso, Redentor nosso.

Abraços fortes e beijos fraternos.

Carlos Bregantim

Nossos encontros:
CAMINHO DA GRAÇA ESTAÇÃO PAULO
Av. Lins de Vasconcelos, 3390 – Vila Mariana
DOMINGOS 18H30
Todos são bem vindos!!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

***** A historiografia cristã na História (parte 7)


continuação...

O objetivo de Eusébio não consiste somente em enaltecer aqueles que estão do lado da cristandade. Da mesma maneira que Constantino é elogiado por Eusébio, Maxêncio é desqualificado e associado às intenções impiedosas. Chamá-lo de “o homem mais ímpio” (Eusébio, IX, 9.7) é, simplesmente, enquadrá-lo na condição de alguém que não exerceu bondade aos seres humanos, já que não foi piedoso para com os cristãos.

É para que a escrita de Eusébio ganhe uma força ainda mais triunfalista, que o imperador precisa ser comparado a uma personagem bíblica de peso, pois assim sua benevolência para com os cristãos será apresentada de um modo mais evidente. Da mesma maneira que os hebreus e seu grande líder teriam cantado louvações ao deus que supostamente os beneficiara contra os egípcios – pois antes que qualquer luta se sucedesse, os adversários foram afogados pela própria divindade no Mar Vermelho – semelhantemente os soldados de Constantino, além dele próprio, entraram em Roma entoando hinos de triunfo.

Aquele povo, segundo Eusébio, antes oprimido pelo impiedoso Maxêncio, agora recebe Constantino com exuberantes e insaciáveis aclamações de júbilo. Além do povo, membros do Senado e dignitários, tanto os excluídos como as crianças e as mulheres, se alegravam com o triunfo do imperador que chegava a Roma, dando início a uma trajetória de vitórias que em 324 o colocará na condição de único governante do Império Romano.

O que impressiona é o conjunto de adjetivos que o discurso de Eusébio oferece ao imperador triunfante. Ele o considera, fazendo analogia ao herói hebreu, um verdadeiro libertador, salvador e benfeitor. Todas estas caracterizações fazem parte da imagem de Constantino construída por Eusébio que, não somente pretende fazer apologia ao rei, mas, sobretudo, à veracidade de um suposto conteúdo teológico por trás da narrativa hebraica que nos primeiros séculos da nossa Era foi apropriada pela tradição cristã.

Estas relações de poder entre a cristandade do início do século IV e o império liderado apenas por um imperador e não mais por uma tetrarquia*, estão registradas não somente na História Eclesiástica, mas também na Vida de Constantino**, obra também atribuída a Eusébio. Curiosamente, é somente nesta obra de Eusébio que está o relato sobre a experiência mística de Constantino que culminou em sua conversão, o que para nós trata-se de um problema a ser resolvido do ponto de vista historiográfico, porque a mesma narrativa sobre esta suposta conversão não está registrada na História Eclesiástica.

O que levaria Eusébio a omitir tão importante ocorrência na vida do imperador? Esta omissão é uma das razões que colocam em dúvida a credibilidade da autoria de Eusébio em relação à obra Vida de Constantino.

No caso de Eusébio, mais do que isso, é o discurso em forma de panegírico que constrói a imagem de um herói. Marcel Simon e André Benoit comentam em sua obra, no capítulo sobre a conversão do imperador Constantino, que este, a princípio, estaria “vinculado ao paganismo clássico, à teoria da Tetrarquia que o dava como descendente de Hércules, e depois pouco a pouco lançando-se à prática do culto solar; a partir de 312, começou a manifestar simpatia cada vez mais acentuada para com a Igreja.” (Simon; Benoit, 1987, p. 307).

Os detalhes da suposta conversão do imperador encontram-se não somente na obra Vida de Constantino, atribuída a Eusébio, mas também em Sobre a morte dos perseguidores, de Lactâncio. Esta, da época em que a História Eclesiástica era produzida; aquela, apenas ao final da década de 30, após a morte do imperador, em 337.

De acordo com as duas narrativas a conversão de Constantino teria acontecido da seguinte maneira: ele teria tido uma visão antes da batalha que culminou na morte de Maxêncio e seus soldados, em outubro de 312, na Ponte Mílvia, sobre o rio Tibre, às proximidades de Roma. Constantino, que governava as regiões da Gália e da Bretanha, dirigia-se à capital imperial no intuito de conquistá-la, já que esta se encontrava sob o poder de seu adversário. Maxêncio também era imperador, graças à tetrarquia instituída por Diocleciano, e governava entre outros territórios do Ocidente, a tão cobiçada capital.

Talvez seja esta cobiça uma das principais razões que faziam de Constantino e Maxêncio dois inimigos políticos, e não aliados conforme deveria ser, já que governavam territórios distintos de um mesmo império. O ódio pelos cristãos de um lado e a simpatia por outro, não nos parecem ser as grandes motivações daquele conflito entre aqueles dois imperadores. Mesmo porque, apesar da presença de cristãos em diversos e estratégicos pontos do império romano, “não constituíam mais de dez por cento da população e estavam pouco representados no exército e na aristocracia.” (Kee, 1990, p. 21). Por que dois imperadores lutariam por serem divergentes nesta questão?

Resumidamente, Constantino teria visto, ao início da tarde, uma cruz luminosa no céu, acima do sol, com a seguinte inscrição: In hoc signo vinces (Por este sinal vencerás). Após terem testemunhado aquela visão, Constantino e seus soldados caíram assombrados. Tanto Eusébio como seu contemporâneo Lactâncio, intencionalmente apresentaram o imperador Constantino como um novo cristão, a partir daquela experiência mística que teve ao lado de seu exército.

Na noite seguinte, o imperador em sonho teria recebido uma mensagem do próprio Cristo de deus, ordenando que aquele sinal que lhe aparecera em visão, deveria ser desenhado nas roupas e escudos de seus soldados. Uma confirmação acerca da mensagem que apareceu sobre a cruz também foi feita naquele sonho. Constantino, segundo os historiadores apologistas, passara a alimentar a certeza de que por ter tido aquela visão, se tornaria vencedor na luta por Roma, contra seu adversário Maxêncio.

Uma vez legitimada a visão da cruz, surge o que até hoje é reconhecido como símbolo da cristandade. O lábaro de Constantino corresponde ao que ele teria visto no céu. São as letras gregas Χ (khi) e Ρ (rô), as duas primeiras do nome Cristo (ΧΡΙΣΤΟΣ). O lábaro de Constantino também legitima a filiação religiosa que o imperador passava a ter desde que resolvera adotar ao deus dos cristãos. Uma vez Constantino tendo vencido Maxêncio em 312 na Ponte Mílvia, aquele “lábaro não somente foi o símbolo de sua aliança com Deus, mas também da vitória.” (Kee, 1990, p. 31).

Era, porém, importante que o imperador tivesse uma filiação divina. Como antes ele já teria tido uma experiência no templo de Apolo, legitimando sua filiação do deus Sol Invictus quando rompera com a religião de Hércules, a visão da cruz não passaria de uma adaptação daquela experiência anterior. Trata-se de “uma visão que o imperador tivera na Gália, no interior de um templo dedicado a Apolo, no verão de 310.” (Simon; Benoit, 1987, p. 317).

Esta informação consta nos fragmentos dos Panegíricos Latinos, em favor de Constantino. Rápida observação nestes documentos permite-nos pensar em uma trajetória religiosa do imperador, que se dividiu basicamente em três momentos: religião de Hércules-Júpiter (306/307), religião de Apolo-Sol Invictus (310) e aliança com o deus dos cristãos (312).

Portanto, as narrativas de Eusébio sobre as experiências místicas que Constantino supostamente vivenciou, não são suficientes para legitimar ocorrências históricas, mas demonstram a sua tendência apologética, seja enquanto bispo ou enquanto historiador.

Fica, aqui, uma relação introdutória do trabalho do historiador das religiões, neste caso, da religião cristã, com a perspectiva da filosofia da religião, pensando numa autonomia que permite uma ultrapassagem, pois neste sentido não haverá mais os limites de uma historiografia reduzida à simples reprodução do passado ou à tendenciosa valorização de grandes personagens. Ultrapassando estes limites, o historiador – agora, também filósofo – poderá problematizar e interpretar o passado, avaliando-o de maneira crítica.

*Desde Diocleciano, o Império Romano era governado por uma Tetrarquia. Neste período que estamos estudando, por volta de 312, Constantino governava as regiões da Gália e da Bretanha, enquanto Maxêncio governava Espanha, Itália e norte da África. Simultaneamente nas regiões do Oriente governavam os adversários Licínio e Maximino Daia.
**O próprio imperador teria solicitado a Eusébio a elaboração de uma obra panegírica que foi intitulada Vida de Constantino. Publicada apenas após a morte do imperador, esta obra tencionava defende-lo diante das acusações e preservar a sua memória que, segundo o autor, de fato, tornara-se o primeiro imperador cristão. Deve-se ressaltar que não há certeza sobre se a autoria desta obra é realmente de Eusébio.

Na próxima postagem, a conclusão do artigo!
Até lá!
Jefferson

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Lançamento - Milton e Rosi Schwantes

Caras e caros colegas,

Abaixo estão a capa e as informações a respeito do mais novo livro do nosso querido amigo e teólogo dr. Milton Schwantes. Este, particularmente, em co-autoria com sua esposa dra. Rosi Schwantes. Sem tê-lo lido, já sugiro a leitura. Conforme coloquei minha opinião semanas atrás aqui no blog, o dr. Milton Schwantes é, sem sombra de dúvida, o mais competente teólogo protestante brasileiro da atualidade.

Grande abraço,
Jefferson


Como adquirir? Com os próprios autores!

Estimadas e estimados!

No momento, cabe-me promover a propaganda de um livro de Meditações, escrito por mim e por minha esposa Rosi. Seu título é “Figuras e coisas”. Constitui-se de 52 meditações à luz de um tema da vida em conexão com um trecho bíblico, acompanhado de uma oração. Cada um destes conjuntos de meditação, oração e texto bíblico ocupa duas páginas, vindo acompanhado de ilustrações.

O preço varia de acordo à quantidade a ser encomendada:
de 1 até 5 ex. – já incluindo as despesas de correio = R$ 6.oo (cada exemplar)
de 6 até 15 ex. – já incluindo as despesas de correio = R$ 4.oo (cada exemplar)
acima de 16 ex. – já incluindo as despesas de correio = R$ 3,5o (cada exemplar)
Recomendo que compres uma quantia acima de 16 exemplares!

Minha conta corrente para o pagamento é o seguinte:
Milton Schwantes
Banco Itaú
agência 0333
conta corrente 72954-9

Abraços, na gratidão.

Milton Schwantes
rua Camilo José 78 – Alto do Ipiranga
São Paulo/SP
04125-140
Brasil
milton.schwantes@metodista.br

tel. (55-11) 5068.0170
fax (55-11) 4366.5815
25/11/2010

domingo, 21 de novembro de 2010

Novo Curso em Ciências da Religião - PUC-SP


Os Deuses demandam, o Homem responde:
as posturas das religiões diante de problemas vitais

Ementa: Nas sociedades contemporâneas a religião não perdeu sua relevância, ela continua desempenhando papel fundamental para compreensão das relações e organizações constitutivas destas sociedades. O curso pretende discutir o atual impacto da religião em diversas esferas da vida humana e diferentes culturas. A reflexão orienta-se nos insights da Ciência da Religião, portanto em uma matéria acadêmica multidisciplinar (História das Religiões, Psicologia da Religião, Sociologia da Religião etc.) especializada na comparação entre as religiões.

O curso abordará os seguintes temas organizados em quatro blocos.

Bloco 1) A importância da religião nos níveis individual e interpessoal

Religião e destino humano;
O impacto da religião sobre a biografia humana;
Religião, corpo e saúde;
Religião e sexualidade;
Religião, velhice e morte.

Bloco 2) A importância da religião nos níveis micro e macrossocial

Religião, casamento e família;
Religião e educação;
Religião e política;
Religião e economia.

Bloco 3) A importância da religião no nível cultural

Religião e arte;
Religião e arquitetura;
O impacto da religião sobre o calendário.

Bloco 4) A importância da religião no nível global
Religião – guerra e paz;
Religião e direitos humanos;
Religião e meio ambiente.

ESTRUTURA E CARGA HORÁRIA : 45 horas

Mais detalhes: http://cogeae.pucsp.br/cogeae/curso/2444

sábado, 13 de novembro de 2010

***** A historiografia cristã na História (parte 6)


continuação...

Constantino e as relações de poder entre o império e a cristandade

A história problema é uma preocupação historiográfica enfatizada a partir dos Annales. Se o historiador é um intérprete, ele pode em seu ofício identificar os problemas presentes num processo histórico, rompendo através dessa tarefa com aquele modelo tradicional que selecionava, apenas, os acontecimentos políticos de triunfo.

Este modelo, além de protagonizar as personagens políticas, omitia as relações de poder, as barganhas, as fraudes, e até mesmo alguns equívocos e conchavos que sempre foram pintados por historiadores positivistas como tendo sido acontecimentos que trouxeram importantes benefícios e ganhos. Os heróis que os historiadores positivistas criaram são os mesmos que promoveram as barganhas, os conchavos e os benefícios que uma história problematizada denuncia.

Paul Veyne salienta a importância do papel do salvador na concepção cristã. Assim, “o cristianismo tem um salvador original que não pode agradar a todos os gostos: o neoplatonismo era menos melodramático aos olhos de alguns eruditos. Essa foi a história da cristianização.” (Veyne, 2010, p. 36). Assim, a participação do imperador Constantino foi decisiva, pois somente uma autoridade de fora faria com que uma prática superasse outra. O imperador, que não era obrigatoriamente cristão, assume o papel de salvador de um grupo religioso – no caso, os cristãos – que até então era vítima da perseguição do próprio império. Para justificar esta atitude do imperador, a historiografia eusebiana o defende, o qualifica e o coloca na condição de escolhido por deus para libertar seu povo da opressão.

Os três últimos livros da História Eclesiástica de Eusébio são dedicados a relatar como que as relações de poder entre a cristandade e o império se estabeleceram.

Contudo, a linguagem utilizada por Eusébio demonstra as suas principais intenções.

Ele não está empenhado, somente, em defender sua identidade religiosa nas muitas vezes em que chama a religião cristã de “a religião verdadeira”, mas em reconhecer e propagar que o imperador Constantino, além de piedoso e benevolente, foi levantado pelo próprio deus para libertar os cristãos daquela última perseguição reiniciada em 303 por Diocleciano.

As comparações entre Constantino e o perseguidor Maxêncio, por exemplo, explicitam as intenções de Eusébio. Ele caracteriza Constantino chamando-o de “prudente e piedoso em tudo” (Eusébio, VIII, 13.13), “zeloso sucessor da piedade paterna” (Eusébio, VIII, 13.14), pois seu pai Constâncio, para Eusébio também o era, enquanto que ao se referir a Maxêncio, adversário de Constantino na batalha pela cidade de Roma, Eusébio desqualifica chamando-o de tirano, adulador, falso, criminoso, adúltero, devasso, assassino, supersticioso e pagão (cf. Eusébio, VIII, 14.1-13).

É interessante ao extremo para Eusébio, tornar evidente as características de Constantino e omitir os seus prováveis equívocos. Trata-se de uma parceria. Além das apologias tendenciosas escritas por Eusébio, também foi registrado em sua obra sobre os benefícios que esta aliança acabou proporcionando não somente à instituição religiosa, mas aos seus superiores. “Os bispos recebiam individualmente cartas, honras, ricos presentes do imperador.” (Eusébio, X, 2.2). O triunfo é a marca registrada deste último bloco da obra de Eusébio composto pelos três últimos livros*.

No intuito de legitimar ainda mais o aspecto salvador da figura de Constantino, Eusébio o relacionará à figura mitológica de Moisés do livro bíblico do Êxodo. A imagem de Constantino como um novo Moisés, resultante de um exercício hermenêutico elaborado por Eusébio, demonstra que as relações de poder entre o Estado e a cristandade estão apenas começando. É imprescindível para o autor da História Eclesiástica que sejam construídas analogias para que suas apologias façam sentido.

No discurso de Eusébio se desenvolve a partir de suas motivações. Afirmar que Constantino tinha a força de deus em si do mesmo modo que a personagem da Bíblia Hebraica a possuía trata-se de uma analogia simultânea a que ele constrói acerca de Maxêncio. Este é o Faraó dos dias de Eusébio, pois virou às costas ao deus dos cristãos – o verdadeiro, nas palavras do nosso historiador – deixando apenas evidenciada sua maldade, perversidade e injustiça.

Para Eusébio, Maxêncio terá recebido o justo castigo por seus atos contra os cristãos e por estar na condição de adversário do imperador levantado por deus. Como em muitas passagens da obra, a afirmação deste parágrafo vem condicionada a uma citação bíblica, no intuito de legitimá-la inclusive teologicamente.

Continuamos na semana que vem!

* Estruturada em dez livros, a datação de composição da obra de Eusébio ainda é uma incógnita. Hipóteses não faltam, pois há aqueles que são favoráveis a uma composição dos primeiros sete livros em data anterior a 303, ano em que o imperador Diocleciano deu início à última perseguição oficial aos cristãos. Outros preferem afirmar que os primeiros sete livros foram escritos num espaço de tempo bastante breve de apenas dois anos, entre 312 e 313. O que, porém, parece unânime, refere-se às datas de composição dos três últimos livros, os quais teriam sido escritos entre 313 e 317, sendo que, apenas a vitória de Constantino sobre seu cunhado Licínio teria sido registrada por Eusébio por volta de 324, compondo a parte final do décimo livro.

domingo, 7 de novembro de 2010

Constantino, o 'novo Moisés' segundo Eusébio


Amigas e Amigos,

Este é o link do meu artigo deste ano, publicado nos Anais do Congresso da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER). Trata-se de um texto que escrevi em co-autoria com meu orientador Prof. Dr. Pedro Lima Vasconcellos. Nosso texto, intitulado "Constantino, o 'novo Moisés' segundo Eusébio de Cesaréia" está publicado da pág. 815 à pág. 829.

Aí vai o link:

http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/2010/09/23%20Congresso%20SOTER%202010%20D.pdf

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Salmo 23 - Iavé não me faltará!

“IAVÉ, MEU PASTOR, NUNCA ME FALTARÁ”

Esta é uma tradução que provavelmente mais se aproxima do original em hebraico.

Arrisquei interpretar este salmo especial da maneira mais pessoal possivel. Tomara abençoe voce.

“O Senhor é o seu pastor e por isto, nunca, ELE lhe faltará, pois, você O tem e Ele o/a tem. E, se ELE nunca lhe faltará, do que mais você precisa ou tem falta??

Ele faz você andar como que por verdes pastos e Ele é a brisa que refrigera a sua alma e te faz repousar em segurança ao som de águas tranqüilas.

Ele te toma pela mão e te guia por caminhos retos e justos.

É possível que você ande por caminhos que pareçam caminhos de morte, mas, o Senhor te sustenta e você toma o rumo da vida.

Não poucas vezes você se verá diante de inimigos, mas, o Senhor, antes lhe alimentará e lhe servirá um cálice de revigoramento.

E daqui até o ultimo dia de sua vida o Senhor te perseguirá com bondade e misericórdia. Elas te encontrarão e na passagem te fará companhia por toda eternidade.”

Com carinho.
Carlos Bregantim

terça-feira, 2 de novembro de 2010

***** A historiografia cristã na História (parte 5)

por Jefferson Ramalho

continuação...

É possível pensar efetivamente em historiografia cristã a partir da obra História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia. Escrita no início do século IV, foi a primeira obra de história do cristianismo e teve valor suficiente para proporcionar ao seu autor o título de “pai da história da igreja”. Cabe aqui uma breve reflexão a respeito dos problemas desta obra, os quais já foram identificados por muitos especialistas e comentadores de Eusébio.

Após a observação de tais problemas, e tendo como referencial os avanços da historiografia, pretendemos questionar acerca da permanência do estilo eusebiano em obras de história do cristianismo produzidas, sobretudo, na segunda metade do século XX. Isso demonstra, a princípio, que os autores destas obras além de não acompanharem os avanços da historiografia, permanecem – é o que pelo menos demonstram – com as mesmas motivações apologéticas e até políticas de Eusébio.

O historiador belga Eduardo Hoornaert, ao comentar sobre o estilo eusebiano de escrever a história, afirmou que “a tradição eusebiana só pode ser triunfalista e apologética. Triunfalista quando a instituição prospera, apologética quando ela se sente ameaçada.” (Hoornaert, 1986, p. 29). Hoornaert ainda demonstrará três problemas crassos no estilo de Eusébio escrever a história da religião cristã: a presença forte de uma relação entre o helenismo e o pensamento cristão dos padres da igreja, o eruditismo capaz de afastar o leitor não-iniciado e a explícita relação de poderes eclesiásticos e políticos. (cf. Hoornaert, 1986, p. 31 a 35).

Como se não bastasse essa clara tendência motivada pela institucionalização que a cristandade vivia naquele momento da história, a obra de Eusébio também traz sérios problemas metodológicos. Roque Frangiotti, por exemplo, aponta alguns:

Deve-se ressalvar, contudo, que suas inclinações e simpatias lhe tenham, por vezes, inspirado omissões surpreendentes e tendenciosas. Além disso, recrimina-se-lhe falta de síntese, a abundância de extratos, sendo alguns deles tão curtos que impedem qualquer compreensão. Tudo isso faz com que a obra se pareça, por vezes, mais com uma colcha de retalhos do que com uma história. Portanto, não se tem uma narração completa com a justa proporção dos episódios e o encadeamento lógico dos acontecimentos. O valor fica pelo trabalho, junto às fontes, dos documentos sobre a antiguidade eclesiástica, dos extratos de obras já perdidas. (Frangiotti In. Eusébio de Cesaréia, 2000, p. 23).

Para completar esta breve seleção de críticas ao estilo de Eusébio escrever a história da religião cristã, podemos mencionar as considerações de Hubertus R. Drobner:

[...] ele não faz distinção entre fontes primárias e secundárias, omite e parafraseia passagens, utiliza mais os autores ortodoxos que os outros autores cristãos, mais os escritores célebres do que autores menos conhecidos, as proporções da apresentação nem sempre fazem justiça ao conteúdo, e numerosos julgamentos deixam a impressão de superficiais ou unilaterais. [...] O que mais pesa é que nos últimos livros [8-10], que tratam da época de sua própria vida, ele não escreve com a mesma fundamentação, deixando lacunas e expressando-se de uma forma mais panegírica do que objetiva e sóbria. (Drobner, 2000, p. 237 e 238).

Pensando nas motivações, omissões e pretensões de Eusébio, percebemos as razões por trás das motivações políticas e não somente eclesiásticas, as seleções arbitrárias daquilo que lhe era interessante registrar e, por fim, as intenções apologéticas – tanto em favor da igreja, como em favor do imperador Constantino – que compõem a obra. Mas não é este o maior problema. Talvez, naquela época, sobretudo por causa do que a cristandade estava vivendo, dificilmente Eusébio escreveria uma história da igreja com outra tendência. Defender a sua própria religião parece óbvio para ele que era bispo.

Qual seria, então, um problema maior que o estilo de Eusébio? Parece-nos que a continuidade do seu estilo nas obras de história do cristianismo produzidas nos últimos cinqüenta anos ocorre por desconsiderar os avanços da historiografia.* De todas as observações que fizemos no primeiro tópico, entendemos que a problematização da história, proposta teórica da Escola dos Annales, é um importante fator a ser aplicado na historiografia cristã.

Para percebermos esta perspectiva da história problema na obra de Eusébio e no tempo em que a sua História Eclesiástica era produzida, destacaremos uma entre tantas questões que caracterizam bem esta experiência de transição na cristandade do século IV: as relações de poder entre o império e a religião cristã.

Continuo na próxima semana!

NOTA: *Assim como o modelo deixado por Eusébio está composto por diversas deficiências e desatualizado, principalmente após os avanços da historiografia, as obras que preservam o seu estilo apologético, acabam não acompanhando os mesmos avanços. A problematização da história, por exemplo, é uma das inovações propostas pela chamada Nova História, e que os historiadores da igreja não têm utilizado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Vou votar no Serra. Sabem porque?

ENTREGUEI OS PONTOS. CEDI AOS APELOS DA MIDIA.

Desculpem amigos, vou votar no Serra. Sabem porque?

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou e qualquer um agora se mete a comprar carne, queijo, presunto, hambúrguer, iogurte, etc.

Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa tranqueiragem.

Nos aeroportos, no tempo do PSDB era uma tranquilidade. Pouca gente pra encher o saco. Pouca fila. Agora, um mundaréu de gente viajando, nao tem aviao que chega, uma gentalha da classe media viajando pro exterior, deslumbradas com a viagem, com o aviao, com as aeromoças. Argh ! Nao aguento isso. Ai que saudades daquele sossego bom para nós, gente seleta... fina... nós os verdadeiros brasileiros. Imagine esses babacas chegando na Europa, a imagem ruim que vão deixar por lá. Estamos preocupados com a imagem do Brasil no exterior. Transformaram os aeroportos brasileiros numa verdadeira RODOVIARIA !!! Mas que merda!

Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares. O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode isso? Até o filho da manicure, do pedreiro, do catador de papel, agora navegam...

Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de venda a juro baixo e longo prazo, todo mundo tem carro; até a minha empregada tem !!! " É uma vergonha! ", como dizia o Boris Casoy.

Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro. Isso coloca um freio nessa classe media e nos pobres ainda mais. Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz. Vergonha, vergonha, vergonha...

Cansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa Preferencial, todos trabalhando de office-boys. Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode?

Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo,SBT,Band, RedeTV, CNT, Fôlha SP,Estadão, etc.).

A coitada da "Veja" passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim da picada. Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado.

É um desrespeito... Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça.

Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula...

Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim...

Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC. Chega dessa baboseira politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco... Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior.

Tenho certeza que se o Serra tivesse sido eleito em 2002, seria reeleito em 2006, e aí, nada disso teria acontecido. Esses 28 milhões de miseráveis que saíram da miséria, COM CERTEZA, ainda estariam em seu devido lugar. Absurdo!!!

Eu ia anular o voto, mas cansei. Basta! Vou votar no Serra. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. Quero minha felicidade de volta.” Os pobres e a classe media que se danem, pra não dizer outra coisa!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Intelectuais e artistas se unem por Dilma!


Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.

Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", disse Chico.

Em seu discurso, Dilma procurou marcar as diferenças de sua candidatura e a de Serra: "Nós não achamos que crescimento social é uma alegoria de mão ou um anexo. É isso que nos distingue radicalmente dos nossos adversários", afirmou. Dilma insistiu no discurso de que os tucanos retomariam o processo de privatização se voltassem ao poder. "O que está em questão nessa eleição é o que eles farão com o pré-sal e também com a Petrobras. Além do manifesto de artistas e intelectuais, a petista recebeu outros dois documentos de apoio à sua candidatura - um organizado por advogados e outro por religiosos.

Fonte: www.yahoo.com.br (19/10/2010)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Manifesto de cristãos (evangélicos e católicos) pela eleição de Dilma Rousseff: em favor da vida e da vida em abundância!!!

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras

Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino.

Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões.

Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:


1. Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
1.Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT.
2.Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional.
3.Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
4.Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia.
5.Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão.
6.Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana- Maranhão.
7.Dom Orvandil Moreira Barbosa, Bispo Diocesano, Igreja Anglicana Tradicional
8.Pastor Alcenir Pantaleão, Igreja Evangélica Peniel, Itapoá, presidente do Conselho de Ministros Independentes do Brasil
9.Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia /MT
10.Jether Ramalho, líder ecumênico, Rio de Janeiro.
11.Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
12.Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
13.Leonardo Boff, teólogo
14.Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
15.Zé Vicente, cantador popular. Ceará
16.Chico César. Cantador popular. Paraíba/São Paulo
17.Revdo Roberto Zwetch, Igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo.
18.Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
19.Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
20.Maria Victoria Benevides, professora, da USP
21.Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
22.Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre.
23.Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
24.Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
25. Frei Betto, escritor, dominicano.
26. Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT (Ecumenical Association of Third World Theologians)
27. Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
28. Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
29. Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
30. Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins.
31. Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
32. Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó / SC
33. Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
34. Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
35. Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora.
36. Pe. John Caruana, Rondônia.
37. Pe. Julio Gotardo, São Paulo.
38.Toninho Kalunga, São Paulo.
39. Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
40. Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
41. Silvania Costa
42. Mercedez Lopes.
43. André Marmilicz
44. Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
45. Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS.
46. Darciolei Volpato, RS
47. Frei Ildo Perondi – Londrina PR
48. Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
49. Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC.
50. Pe. Luis Sartorel,
51. Itacir Gasparin
52.Célio Piovesan, Canoas/RS.
53.Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
54. Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília. C
55. Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
56. Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
57. Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó.
58. Odja Barros Santos – Pastora batista
59. Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário.
60. Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
61. Rosa Maria Gomes
62. Roberto Cartaxo Machado Rios
63. Rute Maria Monteiro Machado Rios
64. Antonio Souto, Caucaia, CE
65. Olidio Mangolim – PR
66. Joselita Alves Sampaio – PR
67. Kleber Jorge e Silva, teologia – Passo Fundo – RS
68. Terezinha Albuquerque
69. PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
70. Padre Benedito Ferraro, Campinas.
71. Ir, Carmem Vedovatto
72. Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus.
73. Padre Manoel, PR
74. Magali Nascimento Cunha, metodista
75. Stela Maris da Silva
76. Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
77. Lucia Ribeiro, socióloga
78. Marcelo Timotheo da Costa, historiador
79. Maria Helena Silva Timotheo da Costa
80. Ianete Sampaio
81. Ney Paiva Chaves, professora educação visual, Rio de Janeiro
82. Antonio Carlos Fester
83. Ana Lucia Alves, Brasília
84.Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
85.Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
86.Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
87.Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia.
88.Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
89.Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
90.Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
91.Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
92.Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE.
93.Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
94.Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
95.Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN.
96.Elida Araújo
97.Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
98.Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
99.Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
100.Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíblicos Recife
101.Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
102.Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
103.Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves, Advogado e Analista do INSS
104.Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
105.Targelia de Souza Albuquerque
106.Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
107.Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
108.Maria Theresia Seewer
109.Ida Vicenzia Dias Maciel
110.Marcelo Tibaes
111.Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
112.Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP.
113.Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
114.Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ – Secretario do CEBI RJ
115.Sílvia Pompéia.
116.Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
117.Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul.
118.Mosara Barbosa de Melo
119.Maria de Fátima Pimentel Lins
120.Prof. Renato Thiel, UCB-DF
121.Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
122.Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
123.Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
124.Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva, Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
125.Irene Maria G.F. da Silva Telles
126.Manfredo Araújo de Oliveira
127.Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
128.Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
129.Adriano Carvalho.
130.Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR.
131.Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
132.Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
133.Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
134.M. Candida R. Diaz Bordenave
135.Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo.
136.Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro.
137.Adjair Alves (Professor – UPE)
138. Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
139.Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
140.Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
141.Carlos Cardoso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA.
142.Isabel Tooda
143.Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco,
144.Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Prof. de Teologia PUC- Rio
145.Aristóteles Rodrigues – Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
146. Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
147.Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
148.Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
149.Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
150.Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
151.Nercina Gonçalves
152.Hélio Rios, pastor presbiteriano
153.João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
154.Lucilia Ramalho. Rio de Janeiro.
155.Maria Tereza Sartorio, educadora, ES
156.Maria José Sartorio, saúde, ES
157.Nilda Lucia Sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo
158.Ângela Maria Fernandes - Curitiba
159.Lúcia Adélia Fernandes
160.Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
161.Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
162.Otávio Velho, antropólogo
163.Iraci Poleti, educadora
164.Antonio Canuto
165.Maria Luisa de Carvalho Armando
166.Susana Albornoz
167.Maria Helena Arrochellas
168.Francisco Guimarães
169.Eleny Guimarães
170. Pe. Ermanno Allegri – Fortaleza
171.Tiago Oliveira Nunes, técnico em educação
172.José Robson Silva Souza, jesuíta
173.Oscar Henrique Marques Cardoso, Aliança de Negras e Negros Evangélicos (ANNEB)
174.Pe. José Carlos Santos Silva
175.Gama Aires, Palmas, Tocantins
176.José Ricardo Ramalho
177.Neide Esterci
178.Rafael de Oliveira
179.Marília Schüller
180.Manuel Touguin
181.Francisco Lara, educador
182.Leonardo Antonio Penna Rozzetto
183.Dante Limongi, advogado
184.Maria Judith Ramalho
185.Angela Limongi
186.Ricardo Gouvea Correa
187.Cibele Azevedo Correa
188.Paulo Roberto Franchi Dutra, Jundiaí
189.Elisa Pinheiro de Freitas, doutoranda USP
190.Airton José da Silva, professor de Bíblia, Ribeirão Preto
191.Luiz Francisco Fernandes de Souza, Procurador Regional
192.Pe. Alberto Pereira de Carvalho
193.Cesar Nóbrega, advogado
194.Antonio Nóbrega, advogado
195.Maria Sonia Linares Gil, professora de História
196.Jair Coan Junior, engenheiro, Santa Catarina
197.Helio Mendes de Amorin, engenheiro, Movimento Familiar Cristão
198.Elder dos Santos Verçosa, advogado
199.Marcos Aurélio Ruy, jornalista
200.Antonio Aprisídio de Albertins, Paróquia Anglicana, João Pessoa
201.Israel Sena Lima de Souza, Procurador da Fazenda
202.José Antonio Veronese Mascia
203.Pe. Valdecir Luís Cordeiro, Faculdade Jesuíta, Belo Horizonte
204.Júlio Cesar, pastoral da juventude, Volta Redonda
205.Maria de Fátima Miranda, psicóloga
206.Geraldo Pascoal
207.Leonardo José Ferreira
208.Claudete de Fátima Ruas, professora, Londrina
209.Paulo Maurício Ruas, professor Londrina
210.Vitor Emanuel Dortas, arquiteto
211.Carlos Eduardo Escovar Paiva, funcionário público
212.Maria Maria, ecoturismo
213.Marcia M. M. Miranda, Centro Direitos Humanos, Petrópolis
214.Tereza Maria Pompéia Cavalcanti, teóloga
215.Paulo Henrique Mai
216.Paulo Melo Melo
217.Ângela Maria Fernandes, Curitiba
218.Lucia Adélia Fernandes
219.Jeanne Nascimento, advogado, São Paulo
220.Marcos José Fernandes Alexandre, historiador
221.Cesar de Paula, espírita, músico
222.Eliran Neto de Oliveira
223.José Anthunes de Vargas
224.Rosalvo Finco, filósofo e teólogo
234.Elizete Vasconcelos Arantes Filha
235. Elton Carlos Welter, deputado estadual, Paraná
236.Frei Oswaldo Maffei ofm
237. Carmen Craidy
238. Flavio Ribeiro de Souza, analista de sistemas
239. Rev. Gustavo Souza de Oliveira, UFRPE
240. Maria Linduina Coelho Ribeiro, Fortaleza
241.Maria Cecília P. Binder, Faculdade Medicina Botucatu
242. Roberto Marinho Alves da Silva, professor, UFRN
243. Ivan B. Bulhões
244. Frei Roberto Luiz dos Santos ofm, Marília
245. Mauricio Ferracciú Pagotto
246. William E. N. Pereira, economista
247. Claudio Vereza, deputado estadual, Espírito Santo
248. Sergio Antonio Bortoleni, Porto Alegre
249. Elio B. S.
250. Wilkens Lenon Silva de Andrade, informática
251. Maximus Santiago, médico, Niterói
252. Cristina Taveira, Niterói
253. Gilberto Simplício, Presidente Caritas Diocesana, Valença
254. Emilio Font
255.Terezinha Vieira da Silva Luksievicz, Pastoral da Criança, Pitanga, Paraná
256. Miguel Baia Vargas
257. Gilson Souza, Igreja Batista, Planalto, Bahia
258. PR. Marcos Dornel, Pastor, Igreja Batista Nova Curuça, SP
259. Agnaldo da Silva Vieira, Pastor Auxiliar, Igreja Batista da Esperança, RJ
260. Marlene Andrade Martins, Brasília e USA
261. Jayr Soares da Silva, psicólogo, Rio Claro
262. Lucas Monteiro, São Luís, Maranhão
263. Ermelindo Tadeu Giglio, antropólogo
264. Padre Xavier Paolillo, missionário comboniano
265. Rodolpho Dalla
266. Waldemar Boff, educador popular
267. Padre Baltazar Sallum Passos, Uberlândia
268. Uilian Dalpiaz, Pastoral da Juventude, Criciúma, SC
269. Cícero Aparecido Dória, ministro da eucaristia
270. José de Freitas Lima Junior, batista, economista
271. Roberto Rossi, Centro Jesuíta de Dudadania e Ação Social, Mato Grosso
272. Rafael Farias Vasconcelos, Olinda e Recife
273. Gláucio Luiz Mota, educador, Criciúma, SC
274. Maria de Lourdes Oliveira
275. Antonio Vieira
276. Antonia Chagas
277. Mag Maciel
278. Raymundo Mendes Soares Júnior, Ceará
279. Rose Marie Muraro, escritora
280. Giseldo Carlos
281. Luciana Salgado
282. Carmen Lucia de Medeiros
283. Lucas Henrique da Luz, professor universitário
284. Ana Emília Noronha
285. Rubens Leite Filho, 1ª Igreja presbiteriana Independente de Tatuapé
286. Madson Rodrigues da Veiga, regional Fé e Política, Goiânia
287. Vagner Siqueira, assessor da Pastoral de Juventude, Volta Redonda
288. Carlos Romero
289. Lia Carla Caldas, advogada
290.Cristina Schein, advogada
291. Carmen Helena F. Leite, ONG Agir, Guapimirim
292. Elói Gallon, Pastoral do Menor, RS
293. Maria Suzana F. A. Macedo, UFJF
294. Sergio Henriques Saraiva, professor UFES, Espírito Santo
295. Lucia Maria dos Santos Pinto Henriques Saraiva
296. Renata Ferraz, Brasília
297. Robson Leite
298. Helenita Saud
299. Miguel Savietto, Fraternidade Secular Charles de Foucault, SP.
300. Élio Estanislau Gasda, sj. professor na FAJE.
301. Renato Camillo Pella
302. Sandro Pelegrineti de Pontes
303. Joe Marçal G. Santos, teólogo
304. João Seibel, advogado, CEPDH, Caxias do Sul, RS
305. Pedro Justino Barbosa RCC
306. José Valmeci de Souza
307. Rachel Amélia Baptista Cavalcante
308. Vinicius Leonardo, RJ
309. Brígido Ibanhes, escritor
310. Manuel Fonseca Junior
311. Maria Helena Canabrava Sales Pinheiro
312.Nelson Marisco
313.Rodolfo José Fenille Ferraz, rádio Aparecida
314.Solange Magalhães
315.Maria da Fé da Silva Viana, Fórum Permanente de Mulheres Negras
316.Ana Cristina Gomes, Fórum Permanente de Mulheres Negras
317.Fátima Damiana, Fórum Permanente de Mulheres Negras
318.Ir. Glorias Antonia M. Ticona IDP, educadora popular
319. Antonia Regina Cruz Melo, professora universitária, Salvador
320.Antonio Tomazoni, coordenador das pastorais de juventude
321. Paulo Tomás Fiori, engenheiro, Porto Alegre
322. Francisco de Assis Nascimento de castro, médico sanitarista
323. Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes - Decania/UFRJ.
324. Carlos Augusto Pereira da Silva, radialista, Goiana, Pe.
325. Claudicélio Rodrigues da Silva, professor
326. Felipe Campos, economista, Ceará
327. Márcia Raquel Martiny, professora
328. Eliceu Vicente de Lima, administrador de empresas, Guarulhos
329. Betinho Duarte, Igreja Batista de Barro Preto, BH
330. Frei Orestes Serra, Gravataí-RS
331. Paulo Agostinho Nogueira Baptista, ciências da religião, BH
332. Marcos Luiz da Silva, professor universitário
333. Joaquim Ventura Lopes, Centro de Direitos Humanos, Cuiabá
334. Pe. Roque Grazziotim, Caxias do Sul
335. Pe. João Inácio Wenzel
336. Emilia Farache, espírita, Natal
337. Allyson Soares, espírita, professor IFRN, Natal
338. Pe. Moisés Nonato Quintela Ponte sj, FAJE
339. Frei Rodrigo de Castro Amédée Peret ofm, Uberlândia
340. PR. Antonio Neto, Igreja Presbiteriana da Aliança, Salvador
341.Ana Maria de Andrade Torres
342. Edio Soares, Universidade de Genebra
343.Gil Maria Miranda. Pesquisador, Curitiba
344. Vanúcia Nunes Valente Calixto
345. José Irineu de Oliveira
346.Arlete Augusta Thomaz de Oliveira
347. Pe. Geraldo Magela dos Santos, São José dos Campos
348. Gilmar Marchesini, coordenador de pastoral, Caxias
349. Alessandro Damasceno Gomes
350.Waldir d’Angelis, Curitiba
351. Célia Maria Souza Fonseca, professora
352. Rita Bersch, católica, Porto Alegre
353. Pe. Sidnei Vitali, Crisciúma
354. Luciana Parisi, médica
355. Pe. Mauro Nagrete, católico ortodoxo
356. Pe. João Antonio da Silva Junior, Uberlândia
357. Paulo Fróes, Portuário ES
358. Alzany Martins da Silva, Movimento de Cursilhos, Itabuna
359. Gustavo Tadeu Vieira Lopes,
360. Guilhermo Cardona Grisalhes, Observatório Pan-amazônico
361. Cesar Sanson, sociólogo, CEPAT
362. Marco Aurélio Ruy, jornalista, São Bernardo do Campo
363. Agostinho Hermes de Medeiros Neto, médico, professor PB
364. Antonio Carlos Alves Lobo
365. Frei Max Sergio Pinto Manhães, francisano, Uberlândia
366. Fernando Cesar Olivari do Carmo, dentista
367. Clovis Horst Lindner, Pastor da IECLB
368. Norberto Luis de Sousa, Centro de Estudos Bíblicos (CEBI)
369. Heron Pires Pereira
370.Alexandre Piero, pastoral de juventude
371.Gagarin da Sikva Lima, professor de história, Ceará
372. Ariel de Castro Alves, advogado, fundador da Ação dos Cristãos para a abolição da tortura
373. Verinha Martins
374. Elisa Maria Ferreira, Comunidades Eclesiais de Base, Barra Mansa
375. José Maurício de Almeida, parlamentar, Barra Mansa
376. Márcia Maria Silva, assessora parlamentar, Barra Mansa
377. Eliezer Martins, Igreja Metodista Central, Barra Mansa
378. José Hélder M. de Souza, assessor parlamentar, Barra Mansa
379. Maria Cristina de Paula Machado, educadora
380. Fabio Henrique de Abreu , IECLB
381.Rogerio Inácio de Almeida Cunha, teólogo
382.Zenóbia Rodrigues Cunha, professora
383.Leonardo Chaves, Primeira Igreja batista de Cuiabá
384.Eduardo Girão Santiago, professor UFC
385.Maria Otélia Pires Tomiello
386.Marcio Alexandre M. Gualberto, Centro Cultural Afro-Rio
387.Pe. José Paulino Francisco Neto, Araçuaí, MG
388.Lincoln de Araujo Santos, metodista, professor
389.Maria José Alves Cabral
390.Marcos Aurélio Candido da Silva
391.Alexandre Silveira de Souza – Baba Alayè – Rede afro-brasileira Sócio Cultural
392.Alice Antunes Silveira de Souza, Florianópolis
393.José Eleudson Gurgel Queiroz, Iguatu, Ceará
394.José Ribamar Duavy
395.Pe. Juan A. Ruiz Gopegui sj, Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte
396.Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira SDV, Riachão de Jacuípe, Bahia
397.Daniel Dantas, Igreja Batista Viva, Natal
398.Kênia A. do Nascimento Gondin Dantas, Igreja Batista Viva, Natal
399.Dyeny N M Baldi, cristã, São Paulo
400.Eduardo Baldo, cristão, São Paulo
401.Maria de Lourdes Cerqueira Antunes, psicanalista
402.Célia Cisz, Escola de Comunicação, Joinville
403.Marcos Antonio Alves, consultor
404.Fernanda Cristina Segalin, coordenadora de pastoral da juventude, Chapecó, SC.
405.Pe. José Comblin, escritor e teólogo
406.Terezinha Maria Gogo Lodi, coordenação nacional Movimento Fé e Política
407.Mario Rui Moura de Souza, empresário, Barra da Tijuca, RJ
408.Denise Ferreira Cesário, Jaboatão dos Guararapes, Pe.
409.Maria Amélia Schmidt Dickie, Florianópolis
410.Gabriel Chalita, escritor, parlamentar, São Paulo
411. Edinho Dias
412.Felipe da Silva Freitas, Conselho Estadual da Pastoral da Juventude
413.Ângela Maria Eugênio Lopes
414.Ari Pedro Oro, antropólogo UFRGS
415.Raquel de Aragão Uchoa Fernandes, UFRP, Recife
416.Lindomar A. Dantas, Comissão Justiça Paz e Integridade da Criação (OMI Brasil)
417.Antonio Carlos Ribeiro, pastor da IECLB
418.Alexandre Piero, Conselho Municipal da Juventude de São Paulo, Pastoral da Juventude
419.Eder Francisco da Silva, Pastoral da Juventude
420. Michelle Hallak, doutoranda, Universidade de Paris
421.Celia Cisz, Pastoral da Comunicação
422.Fernando Paiva, informática
423.Sonia Maria Gomes de Carvalho, assistente social
424.Ana Paula Ganzer SSpS
425.Lucia Magalhães Nogueira Fagiolo
426.Luciano Santos Neiva, Presbítero da Assembléia de Deus, Ministério Missão de Itabuna, Bahia
427.Hérvickton Israel de Oliveira
428.Claudete Alves, evangélica
429.PR. João Aparecido da Silva, Pastor Assembléia de Deus, Ministério Belém
430. Maria Ceres, católica
431. Imirim S P Kelly Cristina de Souza, evangélica
432. Cleonice Costa Ferreira, evangélica, sindicalista
433.Robson Franco Camargo, Pastor Igreja do Evangelho Quadrangular, São Mateus, ES
434.Fernando Donizete José Silva
435.Márcia Maciel, Presbitera, Igreja Renascer em Cristo
436.Isabel Nascimento, Assembléia de Deus
437.Edna Aparecida dos Santos, Assembléia de Deus
438.Mariana S. Silva
439.Célia Ezequiel
440.Eduardo Ferreira Santana, grupo de Jovens
441.Prª Cristiane Ferreira, Pastora Assembléia de Deus, São Mateus
442.Maria Emília Guerra Ferreira, Cônegas de Santo Agostinho
443.Maurício Antunes Tavares, Recife
444.Francisco Magon
445.Márcia Cristina Groth, Farroupilha
446.Fernanda da Silva Santos, professora
447.Padre Chico, Paróquia de Santa Teresinha, Ribeirão Preto
448.Basileu Souza Pinheiro, Comunidade de Matão, São Paulo
449.Maria do Carmo Silveira, professora, Governador Valadares
450.Lourival Rodrigues da Silva, Casa da Juventude Pe. Bournier, Goiânia
451.Frei Petrônio de Miranda, Ordem do Carmo, São Paulo
452.Maria Auxiliadora Braga, Belo Horizonte
453.Sonia Maria Dodi, psicopedagogia
454.Ivo Sefton de Azevedo, Porto Alegre
455.Frei Livino Bordignon, Goiânia
456.Douglas Rezende, Evangélicos pela Justiça
457.Paula Mayté dos Santos Ataíde
458.Margarida Cavalheiro, Comissão Regional Justiça e Paz
459.Pe. Valdiran F. Santos
460.Isabel Mendes, educadora
461.Pe. Geraldo Magela dos Santos
462.Antonio Carlos dos Santos Filho, administrador de empresas, Quissamã, RJ
463.Marilce dos Santos Pinto, Quissamã
464.Ana Carolina Pinto e Santos, batista
465.Florentina Izabel Ferreira dos Santos
466.Antonio Carlos dos Santos, produtor rural
467.Maura dos Santos Pinto, assembleiana
468.Amaro Pinto, assembleiano
469.Lucilânia Balbino, assembleiana
470.Mauro dos Santos Pinto, metodista
471.Angélica Gomes, metodista, professora
472.Amauri dos Santos Pinto , assembleiano, Carapebus, RJ
473.Wesley Apicella Pinto, metodista
474.Delmar José Cavalcanti, São João de Meriti
475.Maria Helena Machado Magalhães
476.Neura Mesomo
477.Alzira Abrantes Madeira
478.Helena da Conceição Florêncio
479.Maria da Conceição Florêncio
480.Jairo Macedo
481.Arnaldo Florêncio
482.Agnaldo Florêncio
483.Raquel Aparecida da Silva
484.Lucy Aparecida da Silva
485.Rodrigo F. da Silva
486.Noêmia F. da Silva
487.Delmiro da Silva
488.João Florêncio
489.Maria de Fátima de Souza
490.Everton Florêncio
491.Emerson Florêncio
492.Edson Florêncio
493.Ivan Rodrigues Macedo
494.Ana Maria de Freitas, teóloga, CEBs do Ceará
495.Telmo Pithan
496.Carlos Frederico Ramos de Jesus, professor universitário
497.Evaldo Luis Pauly, teólogo, Igreja Luterana de Confissão Luterana no Brasil
498.Paula Grassi, Pastoral de Juventude
499.Marcos Souza Costa
500.Vânia Correia, jornalista, Pastoral da Juventude
501.Reginaldo de Toledo, presidente do Instituto de Cidadania Mogi Guaçu
502.Maria José Oliveira, arquiteta
503.Lourdes Belisário, advogada
504.Maria da Glória Salomão
505.Adriana Fátima Rodeguero dal Piaz, Marau, RS
506.Frei Miguel de Biasi
507.Antonio Darinho do Nascimento, presidente da COOPERBIO, Ceará
508.Paulo Sergio O. Silva, Fetraece, Sobral
509.Andréia Luciana de Oliveira Duary, designer
510.Beatriz Lamounier Sena, Vespasiano
511.Fabio Marcio Bittencourt, professor
512.Pastor Oneide Bobsin
513.Cesar Pereira Martins, comunidade renovo - Goiânia
514.Marcela de Andrade, Promotora Legal Popular
515.Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador
516.Dulcelina Frasseto, Comunidades Eclesiais de Base, Joinville
517.Ruth Alexandre de Paulo Mantoan
518.José Luiz de Lima
519.Dadid J. Santos, vocacionado jesuíta
520.Alexandre Rodrigues Costa, Brasília
521.Francisco Bezerra
522.Maria Terezinha Farias de Matos
523.Lúcio Tárcio Coêlho, Limoeiro do Norte
524.Leandro Arndt
525.PR. Sergio Paulo Martins da Silva
526.Marinilzes Moradillo Mello, professora
527.Mariza Silveira Alberton, pastoral do menor/ Regional Sul 3
528.Paulo Robério P. Oliveira, batista, Vitória
529.Rev. Gustavo Gilson Sousa de Oliveira, Igreja Anglicana., professor UFRPE
530.Mara Campos, jornalista
531.Carmil Vieira dos Santos, advogado, Maceió
532.Maria Silva Vieira dos Santos , professora
533.Iraci S. Vieira dos Santos, Maceió
534.Valmor Schiolet, professor, FURB, Blumenau
535.Paula Tejando, ministra pela Igreja do Amor Humano
536.Oscar A’lho, ministro pela Igreja do Amor Humano
537.Frei José Fernandes Alves OP, Justiça e Paz
538.Luís Fernando carvalho de Souza, metodista
539.Elena Alves Silva, pastora metodista
540.Simone Nunes Camiña, metodista
541.Antonio Caminha Bugalho, metodista
542.Paulo Flores, CEB Cristo Rei, Ipiranga, São Paulo
543.Laine Chapada de Amorim, CEB Cristo Rei, Ipiranga, São Paulo
544.Ermanno Allegri, Diretor Executivo do ADITAL
545.Luiz Antonio Mousinho, Universidade Federal da Paraíba
546.Sandra Cristina Pessoa Pessoa
547.Isabelle Cavalcanti, Recife
548.Frei João Xerri OP, Grupo Solidário São Domingos
549.José Oscar Salgado, advogado, Viçosa
550.Armando Ferrari
551.Alcilis H. Rusi Ferrari
552.Laércio Torres de Góis, presbitero congregacional, professor, jornalista
553.Daniel Santos Souza, Batista, rede ecumênica da juventude, São Bernardo do Campo
554.Ransés Xavier, professor, Olinda
555.Edelita Coelho de Araújo, espírita kardecista
556.Maria Emília Smiljanic Carrijo
557.Verônica Soares Fernandes, assistente social
558.Isabele Cavalcanti, Recife
559.Eurico Martins de Freitas
560.Guiany Campos Coutinho, pastoral carcerária, Paraíba
561.Aline R. L. M. Barros, estudante, UFRP
562.Gabriel Gomes Menezes, São João de Meriti
563.Silvio de Oliveira Meneze4s, São João de Meriti
564.Selene Cordeiro Gomes Menezes, São João de Meriti
565.Camila Gomes Menezes, São João de Meriti
566.Célia Maria de Arnaldo Silva, professora, Vila Madalena
567.Gianfranco Graziola
568.Vanessa Dalalibera Silveira Arndt
569.Hélio Estanislau Gasda, FAJE
570.Mara Campos
571.Lothar Carlos Hoch, Faculdades Est, São Leopoldo
572.Frei Orestes Serra, Gravataí
573.Eduardo de Oliveira Ribeiro
574.Jucilene Pereira Barros, psicóloga
575.Hermann Iark Oberdiek
576.Julio Cesar Rabello
577.Edson Santos Souza, administrador
578.Maria Alves Nunes Souza, professora
579.Lara Nunes Souza, estudante
580.Felipe Gustaco Koch Butelli, teólogo, África do Sul
581.Mari-Solange, Ji-Paraná
582.Thales Henrique Nunes Pimenta, estudante
583.Luís Gomes Moura, professor, teólogo, assessor de pastoral
584.Jorge Generoso do Nascimento, Secretário Municipal de Planejamento, Colatina, ES
585.Josivaldo Bezerra Delfino
586.Carlos Firmino
587.Janilson Loterio
588.Antonio Alves Mendonça Junior
589.Magda Gontijo
590.Luciana Fortunato de Oliveira
591.Ataisa Fortunato
592.Luciana Henrique Mariano da Silva
593.Rógenes Tiné, professor, Recife
594.Lauri Emílio Wirth, teólogo, professor
595.Maria Aparecida Craveiro Costa, psicóloga, professora
596.Eduardo Gisão Santiago, professor, UFC
597.Juliano Erichson Martins Neto, economista
598.Flavio José dos Passos
599.Jacqueline B. Carvalho, telecomunicações
600.Armando José dos Santos
601.Márcio Coimbra Massei, advogado, administrador de empresas
602.Rosa Maria Vonelli Coimbra Massei, pedagoga
603.Helena Barros Heluy, deputada estadual. Comissão Justiça e Paz, São Luís, MA.
604.Aparecida Amin Castro, Comissão Justiça e paz, São Luís, MA
605.Francisco Fabiano de Brito
606.Marcelo Moraes de Oliveira, Jaboatão
607.Danielle Costa Araújo Souza, Primeira Igreja Batista do Brasil
608.Isabel Cristina Gonçalves Bernardes, psicóloga
609.Luigi Faraci Mussulmano, professor de teologia islâmica
610.Marisa Formolo, deputada estadual, RS
611. Bento Itamar Borges, filósofo, professor
612.Vander Lucio do Carmo, advogado, Ribeirão das Neves
613.Adriano Torquato
614.Ana Cristina Nadruz
615.Fr. Luís Carlos Susin, Fórum Mundial de Teologia da Libertação
616.Ir. Claudemir Lemos de Almeida, juventude calabriniana
617.Roberto Barreto Kikuchi, espírita
618. J. Almeida
619.Lidia Tondello Finkler
620.Ireno Finkler
621.Danielle Marianne Cavalcanti, advogada
622.Saulo Alves de Oliveira, advogado, Natal
623.Albaneide Peixinho, espírita Kardecista
624.Edilene Rodrigues de Oliveira, Secretaria do Meio Ambiente, Recife.
625.Roberto Barreto Kikuchi – Evangelizador espírita do Centro Espírita Sebastião, ó Mártir – N. Bandeirante- DF
626.Josephina Baçarica – Membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
627. J. Ricardo A de Oliveira, Psicoterapeuta, RJ
628. Weligton Santana de Matos – Designer Gráfico – SP
629. Edilson Oliveira – CEBs – Diocese de Osasco/SP
630. Maria Aparecida Lopes – CEDHRO – Carapicuiba/SP
631.Elenise Scherer – professora da Universidade Federal do Amazonas
632.Iara Falcão de Almeida, educadora popular em Goiânia
633. Creusa Salete de Oliveira, psicóloga, Goiânia
634. Haidi Jarschel – pastora e teóloga da IECLB, professora, militante feminista, Santo André/SP
635. Joana Mendes, ISRJ – Religiosa e estudante de Serviço Social, PUC/GO
636. Claudio Humberto Vereza Lodi - membro da coordenação do Movimento Fé e Política nacional, jornalista, deputado estadual PT 6º mandato, assessor há mais de 30 anos das CEBs e Pastorais Sociais no Espírito Santo
637. Dulcineia de Oliveira – Movimento Sem Casa, Governador Valadares / MG
638. Geilson Batista Santana – sociólogo, Governador Valadares / MG
639. Edina Maria da Silva – socióloga, Governador Valadares / MG
640. Antonio Folquito Verona – Pastoral Evangélica da Terra e dos Trabalhadores Urbanos. Lins/SP
641. Pastora Yone da Silva – metodista, Americana/Piracicaba/SP
642. Roberta M. C. Souza - Psicanalista e teóloga - HEC Paraná
643. Prof. Dr. José Neivaldo de Souza – Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma – FEPAR / Curitiba
644.Wilson Aparecido Lopes – MST/ CPT
645.Eduardo Soares – Secretário da Pastoral da Juventude / Arquidiocese de Belém/PA, Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids
646.Antonio Carlos Soares dos Santos – Pastor Metodista
647.Railton Nascimento Souza, professor de Filosofia, Goiânia, diretor de formação do Sinpro-GO e da CTB-GO
648. José P. Peixoto Filho
649. Zahidé L. Muzart – professora UFSC
650. Roberto Costa Fachin - Porto Alegre / RS
651. Kameyama – Pedagoga, São Paulo/SP
652. Maria Filomena Freitas Silva – professora, atuante no movimento católico Equipes Docentes do Brasil
653. Vera Lucia Alves Silva, professora
654. Andréa Maria Altino de Campos Loparic – professora do Depto de Filosofia da USP
655. Maria Luiza de Carvalho Armando, professora universitária federal aposentada, Porto Alegre/RS
656. Suzana Albornoz
657. Adahyr Cruz, Pastor Metodista
658. Nélio Amorim, professor e pastor
659. Evandro César Cantária, educador e metodista
660. Juliana dos Santos Cantária, metodista
661.João Batista Ribeiro Santos, clérigo e professor / SP/SP
662. Revda. Dilene Fernandes de Almeida / Igreja Metodista em Guaianases – SP
663.Luiz Carlos de Albuquerque, Evangelista Metodista no Nordeste
664.Prof. Dr. Luiz Augusto Passos, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Coordenador do Grupo Movimentos Sociais e Educação (GPMSE) do Programa de Pós Graduação da UFMT, registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq
665.Luiz Albérico Araújo Montenegro (mestre em Saúde Pública) Rio de Janeiro
666.Silvana Suaiden, teóloga católica - profa. PUC-Campinas - São Paulo
667.Claudia F. Paixão – Pré-orientanda no Mestrado em Ciências da Religião UMESP; membro da Comunidade Cristã Reformada de São Paulo, coordenada pelo Pr. Ariovaldo Ramos; administradora do site: pastorasbatistas.com
668.Agnaldo da Silva Vieira - Pedagogo e Pastor-Auxiliar da Igreja Batista da Esperança - Centro do Rio de Janeiro
669.Pastor Marcos Dornel - Pastor da Igreja Batista Nova Curuçá – São Paulo
670.Fabiane Lucena Cavalcante – Secretária Executiva dos Órgãos Colegiados da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ
671.Sandra Duarte de Souza – Coordenadora do Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/Netmal
672.Sergio S. Derzórzi, advogado São Paulo SP
673.Ir. Claudemir Lemos de Almeida – Assessor do Setor Calabriano da Juventude
674.Roberto Barreto Kikuchi – Evangelizador espírita do Centro Espírita Sebastião, ó Mártir – N. Bandeirante-DF
675.Jefferson Ramalho - Teólogo, historiador, mestrando em Ciências da Religião (PUC-SP) e professor em Seminários Evangélicos de São Paulo

terça-feira, 5 de outubro de 2010

***** A historiografia cristã na História (parte 4)

por Jefferson Ramalho

continuação...

Outro filósofo cujas idéias influenciaram no processo de desenvolvimento da historiografia moderna foi o alemão Wilhelm Dilthey, o qual ao invés de protestar contra a história, “manifesta admiração pela grandeza de suas conquistas [...], grandeza que lhe parece tão incontestável quanto a validade da física de Newton o podia ser para Kant; daí o seu projeto: elaborar a teoria dessa prática tão fecunda.” (Marrou, 1978, p. 17).

Entre os historiadores admirados por Dilthey está Leopold von Ranke, demonstrando que apesar dos problemas da historiografia de matriz positivista, preocupada com a afirmação de fatos legítimos, o filósofo não desconsidera os seus valores. Foi a historiografia de Ranke que elevou a História à condição de ciência. Por muitos, Dilthey é considerado um dos mais importantes pensadores da segunda metade do século XIX. “Sua influência foi, na verdade, extremamente profunda; ela explica, em especial, a atenção concedida aos problemas da história, e a própria forma de colocar esses problemas, que notamos nos filósofos do ‘retorno a Kant’” (Marrou, 1978, p. 17 e 18), como Windelband, Rickert e Simmel. Marrou ainda comenta que “no próprio Dilthey, tão cônscio da sua oposição a Hegel, a referência a Kant é evidente: ele não cessou de apresentar o seu empreendimento como a elaboração de uma Crítica da Razão Histórica, [...] um equivalente [...] da Crítica da Razão Pura. (Marrou, 1978, p. 18). Trata-se, portanto, de um prolongamento da obra mais conhecida de Kant. Com isso, conclui-se que Dilthey e seu movimento intelectual tenha superado “em todos os pontos a escola neokantiana stricto sensu.” (Marrou, 1978, p. 18).

Não pode ser omitida a contribuição procedente da Fenomenologia que, conquanto “o contexto de sua problemática fosse completamente distinto, homens como Husserl, Jaspers e, sobretudo, Heidegger também reencontraram o problema da elaboração do conhecimento histórico .” (Marrou, 1978, p. 18). Contudo, apesar de toda a originalidade de método e de “orientação desses filósofos, o seu pensamento, nesse ponto, não deixou de ser influenciado pela atmosfera irradiada de Dilthey, a cuja influência Heidegger, por exemplo, fez questão de prestar homenagem em Sein und Zeit.” (Marrou, 1978, p. 19).

A renovação historiográfica, de maneira efetiva, se dá a partir do trabalho do filósofo Henri Berr. “O projeto da nouvelle histoire, no sentido mais amplo, veio, portanto, do exterior da história, veio da sociologia durkeimiana em grande parte, de um lado, e, de outro, da Revue de Synthèse Historique e de seu fundador, Henri Berr.” (Reis, 2000, p. 56). Não é exagero concordar com a hipótese de que foi a partir desta revista de Berr que os Annales tiveram o seu início na prática. O objetivo dessa revista organizada por Berr “era promover uma discussão teórica sobre a história-ciência e deveria contribuir à elaboração de uma teoria da história, afastada da filosofia da história e orientada para a observação empírica.” (Reis, 2000, p. 57). Segundo José Carlos Reis, “a história [...] deverá formular hipóteses, escolher o objeto, realizar a análise e a síntese. Deverá deixar de ser só descritiva para se tornar também explicativa. A ‘síntese’ deveria envolver uma equipe de cientistas sociais.” (Reis, 2000, p. 57). Foi, portanto, com a revista de Berr que o diálogo entre historiadores e cientistas sociais passou a se efetivar, diálogo que é uma das principais características dos Annales.

Febvre colaborou intensamente com Berr tanto na formulação da Revue de Synthèse Historique como no Centre International de Synthèse. A posição defendida por Berr, naquele momento, não só era inovadora como problemática, pois sua originalidade consistia em exatamente anular a separação entre as ciências sociais, reaproximando-as da filosofia. Este ponto da reaproximação à filosofia é o que o afasta da revista que deu origem à Escola dos Annales, a Annales d’Histoire Economique et Sociale.

De acordo com a informação passada por Reis, a intenção de Berr assemelha-se à dos intelectuais durkheimianos, ou seja, a de considerar “a história uma ciência social, fazendo-a passar à generalização, a partir da erudição.” (Reis, 2000, p. 57 e 58) Como Berr não era um filósofo positivista, mas um defensor da “especificidade do conhecimento histórico, mais ou menos na linha dos historicistas alemães” (Reis, 2000, p. 58) foi considerado intolerável para os intelectuais dos Annales, fosse pelo seu lado germânico ou em virtude do discurso filosófico que sustentava. Fernand Braudel afirmara “que Berr, filósofo por temperamento e vocação, ‘traiu-se’, como intelectual, ao atirar-se de corpo e alma na filosofia da história.” (Braudel, 1972, p. 455). O fundamento histórico de Berr encontra-se entre as temáticas da liberdade do indivíduo e dos limites da razão.

Portanto, é na condição de filósofo que Berr acompanha a discussão do início do século XX a respeito da história enquanto ciência social, buscando esmiuçar este significado para a história. Embora tenha feito as críticas citadas acima ao Berr filósofo, o historiador Braudel não deixou de considerá-lo um antecedente dos Annales ao afirmar que é para ele que devemos olhar quando queremos saber quando a Escola dos Annales já se encontrava em sua fase embrionária. (cf. Braudel, 1972, p. 455).

Marrou ainda faz referência a importantes influências que a historiografia recebeu da filosofia para assumir seu próprio desenvolvimento. É importante saber também que “por mais ampla que seja, a zona de influência de Dilthey não abrange tudo: desde que, ao sair dessa autarquia nacional onde por tanto tempo permanecemos confinados, começamos a nos conhecer uns aos outros e a pensar de maneira européia.” (Marrou, 1978, p. 20). Há, aqui, a perspectiva de que a Grã-Bretanha, por exemplo, tenha revelado uma linha de pensadores ligados a essa problemática, e que tem sua origem no empirismo do escocês David Hume. Esta linhagem foi bem representada por volta de 1830 até 1850 pelos chamados anglicanos liberais como Thomas Arnold, Richard Whately e F. H. Bradley, este mais tardio, que iniciara sua carreira de filósofo com a autoria do ensaio The presuppositions of critical history (1874).

Bradley tem entre seus principais sucessores o britânico Robin George Collingwood, falecido em 1943, mais conhecido por sua obra The idea of history. Collingwood que, além de filósofo da história, era historiador e arqueólogo, não foi apenas influenciado por Bradley, Hegel e Kant, mas também pelo italiano Benedetto Croce, historiador e filósofo por vocação, que “dedicou aos problemas teóricos da história, desde a sua dissertação inicial, l’Histoire romenée au concept general de l’art (1893), até a obra de sua velhice, La Storia come pensiero e come azione (1938).” (Marrou, 1978, p. 20). Croce, entre tantas obras e ensaios de teoria da história, escreveu também Materialismo storico ed economia marxistica (1900), Teoria e storia della storiografia (1917) e Filosofia e storiografia (1949).

Após interessar-se inicialmente por um debate crítico do marxismo, Croce “concentrou-se em torno da noção de historicismo, tentando aprofundar de modo crítico a doutrina inaugurada por Hegel, segundo a qual a realidade é redutível à história” (Nicola, 2005, p. 449), pois nesta visão hegeliana tudo se afirma, se nega e se supera. Uma problemática importante na reflexão de Croce é aquela que questiona se há distinção entre história e filosofia. Para Marrou “a personalidade desconcertante de Croce pareceu muitas vezes resumir, no entender dos estrangeiros, toda a atividade da especulação italiana.” (Marrou, 1978, p. 20). Se há separação entre filosofia e história “nenhum juízo e nenhum objeto de conhecimento se podem colocar fora da história, porque sempre serão eventos postos no tempo e inseridos em um processo em curso. [...] A filosofia, portanto, identifica-se com a história.” (Nicola, 2005, p. 450). Além disso, “Qualquer problema filosófico só pode ser entendido à luz dos eventos que lhe deram origem e todo conhecimento é condicionado pelo tempo. Mas também o homem, tanto a humanidade quanto o indivíduo, é redutível à história.” (Nicola, 2005, p. 450).

Em comparação à filosofia da história de Hegel, para muitos, Croce é considerado a melhor “expressão da influência da filosofia hegeliana na Itália. [...] Contemporâneo da construção de uma Itália unificada, suas reflexões foram suficientemente densas para ultrapassar os limites do nacionalismo.” (Silva, 2001, p. 61). Com isso, Croce pertence àquele grupo de intelectuais “sem os quais torna-se mais difícil a compreensão do século XIX europeu.” (Silva, 2001, p. 61). Em crítica a Hegel, Croce escreve um ensaio no qual ataca às suas filosofias da história e da natureza, sem deixar de valorizar a síntese dos opostos, ou seja, a conhecida dialética, pois para Croce nem os contrários são uma ilusão, nem a unidade é uma ilusão. “Os contrários se opõem entre si, mas não se opõem à unidade, pois a unidade verdadeira e concreta nada mais é que a síntese dos contrários.” (Bréhier, 1994, p. 921).

Para Croce, tanto a filosofia da história como o determinismo histórico são “formas de transcendência histórica e, por isso mesmo, considera-os fora do campo da história propriamente dita.” (Silva, 2001, p. 63). Contudo, ainda que de acordo com o “princípio fundamental do historicismo, Croce diverge de Hegel no que se refere ao âmbito de aplicação do processo dialético.” (Nicola, 2005, p. 452). Enquanto que para Hegel a realidade, ainda que multiforme, pudesse por meio de um processo dialético reunir inteligência e matéria, espírito e natureza, para Croce é necessário romper com este paradigma totalizante, pois há quatro setores diferentes que são a filosofia, a ética, a economia e a arte, os quais precisam ser considerados de maneira distinta. Segundo Croce, apenas “no interior de cada um desses blocos valem as oposições dialéticas hegelianas (belo/feio, verdadeiro/falso, útil/inútil, bem/mal), mas no exterior, entre os diversos momentos da espiritualidade, existe apenas distinção”. (Nicola, 2005, p. 452). Portanto, em Croce, não há desenvolvimento em sentido linear conforme concebia Hegel, mas a vida do espírito se processa através da circularidade entre a filosofia, a ética, a economia e a arte.

Embora o estudo de história das religiões fosse objeto da repulsa de Croce, não se pode negar sua influência na formação da escola italiana de Angelo Brelich, Ernesto De Martino e Vittorio Lanternari.

Após esta breve viagem que fizemos, destacando encontros e desencontros entre a filosofia e a história, e neste caso específico, a história da religiões, chegamos a algumas conclusões que, a princípio, não passam de perguntas que pretendem ser hipóteses: a) é possível pensar numa historiografia da religião cristã que seja problematizada e que utilize os avanços teóricos de uma historiografia inovadora, rompendo assim com um estilo triunfalista, apologético, positivista conforme sempre foi marcada a escrita da história do cristianismo? b) trabalhar neste sentido da inovação historiográfica é o mesmo que assumir uma postura autônoma, de intérprete e não apenas de narrador dos fatos conforme efetivamente ocorreram? c) assumindo tal autonomia, estaria o historiador se apropriando corretamente de uma característica que sempre pertencera ao filósofo, ou seja, pode ser o historiador também um filósofo a partir do momento que se apropria de uma hermenêutica filosófica como ferramenta para o seu trabalho?

Neste sentido, estamos desenvolvendo uma crítica ao estilo historiográfico de Eusébio de Cesaréia, que apesar do tempo, permanece influenciando grande parte dos historiadores da religião cristã. O objetivo deste estilo não é outro a não ser o apologético, e é a respeito deste problema que iremos tratar no próximo tópico.