terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Entrevista com Caio Fábio

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Reflexão (50) - Natal, singelos propósitos

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por Frei Betto

Neste Natal, guardarei em caixas bem fechadas o que me transmuta naquele que não sou: a inveja, o ciúme, a sede de vingança, e todos os ressentimentos que me corroem as vísceras. Lacradas as caixas, atirarei todas nas profundezas do mar do ouvido.

Neste Natal, esvaziarei o escaninho de minhas torpes intenções; as gavetas de tantas vãs ilusões; os armários de compulsivas ambições. De pés descalços, trilharei a senda saudável de uma existência modesta, por vezes solitária, sempre solidária.

Não darei ouvidos ao crocitar dos corvos em minhas janelas, nem ficarei indiferente às aquarelas pinceladas pela dor alheia, e manterei vedada a chaminé à entrada consumista de Papai Noel.

Tecerei, com as agulhas do acalanto e os fios invisíveis do mistério, o tapete promissor dos sonhos que me fomentam o entusiasmo. Recolherei as bandeiras da altivez militante e, numa caneca de barro, derramarei singelos propósitos: refrear a língua de maldizer outrem; reconhecer as próprias fraquezas; exercer a difícil arte de perdoar. Sorverei de um só gole até inebriar-me de compaixão.

Armarei, na varanda de casa, uma árvore de Natal cujo tronco será da mesma madeira que os princípios que me norteiam os passos; os galhos, as sedutoras vias às quais ousei dizer não; as flores, a paz colhida ao enclausurar-me no silêncio interior; os frutos, essa esperança-lagarta que insiste em metamorfosear-se em utopia sobrevoando o pessimismo que me assalta.

Aos pés de minha árvore deixarei vazios os sapatos de minhas erráticas peregrinações ao mundo inconsútil dos apegos que me sonegam o que a vida melhor oferece: a experiência amorosa de transcendê-la. Ao lado, minha lista de pedidos: a leveza imponderável da meditação; o dom de respeitar o limite das palavras; a felicidade de saciar-me na brevidade dos meus dias.

Neste Natal, montarei no canto da sala o presépio de minhas inquietudes. No lugar de franciscanos animais, a Declaração Universal dos Direitos Humanos; como são José, um árabe fiel ao Alcorão; Maria, uma jovem judia semelhante à de Nazaré; Jesus, a criança africana carcomida pela fome.

Tragam os reis magos três oferendas: o ramo de oliveira preso ao bico da pomba que anunciou a Noé o fim do dilúvio; a brisa suave que soprou sobre Elias; o pão repartido na estalagem de Emaús.

Não celebrarei liturgias solenes em dissonância com o glória cantado pelos anjos do presépio; não me fartarei em ceias pantagruélicas enquanto o Menino se abriga ao relento num cocho; nem darei presentes que me doem no bolso e no coração, embalados em falsos sentimentos.

Sim, me farei presente lá onde a família de sem-teto, escorraçada de Belém, ocupa um pedaço de terra nas cercanias da cidade para que do ventre de Maria brote a certeza de que a justiça haverá de brilhar como a estrela de Davi.

Neste Natal, serei todo orações, dançarei ao som das cítaras do reino de Salomão, sairei pelas ruas cantarolando salmos, despirei todos os adereços de neve e, neste país tropical, deixarei que o sol pouse em minha alma.

Colherei as lágrimas dos desesperados para regar meu jardim de girassóis, e arrancarei os impropérios da boca dos irados para revogar a lei do talião. Nos becos da cidade, celebrarei com os bêbados, os mendigos, as prostitutas, a quem tratarei por um único nome: Emanuel. E, num grande circo místico, buscarei com eles a resposta à pergunta que jamais se cala: “o que será que será que cantam os poetas mais delirantes e que não tem governo nem nunca terá?”

Neste Natal, rogo a Deus ressuscitar a criança escondida em algum recanto de minha memória, a que um dia fui, menino que sabia confiar e, desprovido do pudor do ócio, livre das agruras do tempo, era capaz de imprimir fantasias coloridas ao lado obscuro da vida.

Quero um Natal de brindes à alegria de viver, hinos à gratidão da fé, odes à inefável magia da amizade. Natal cujo presépio seja o meu próprio coração, no qual o Menino Jesus desfaça laços e faça desabrochar todo o amor que se oculta nos sombrios porões do meu ego.

Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.

sábado, 13 de dezembro de 2008


Olá, amigos e amigas;

Aqueles que estiverem interessados em adquirir, diretamente comigo, o livro 'Jesus é Deus? - uma reflexão sobre a divindade de Cristo na História', poderão ligar para 11 9313 6343 ou 11 4618 0447.

Enviarei p/ qualquer parte do país e o frete é por minha conta. Por R$ 29,90 faça já o seu pedido e reflita sobre as implicações por trás dessa que é uma das principais convicções da religião cristã!

Aproveite!

Um forte abraço!

na Graça,
Jefferson

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Jesus Cristo - o herege

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Primeiramente, obrigado a todos os amigos, familiares, alunos e ex-alunos, companheiros de jornada... Foi uma noite, como eu havia previsto, muito agradável para todos nós.

Mais que o lançamento do meu livro, foi um verdadeiro encontro legitimamente ecumênico. Tinha até padre na platéia! Inclusive, um grande amigo de longa data!

Sérgio Pavarini, com seu humor e suas tiradas mais que pertinentes sobre o "mercado" evangélico, arrebentou na moderação da "mesa".

Roque Frangiotti, o doutor católico que prefaciou o livro lançado, concluiu sua fala afirmando uma das maiores verdades que já ouvimos: Por que termos medo de ser hereges? Até Jesus foi herege!

Alderi Souza de Matos e Wilson Santana, com classe, não só falaram da obra, como mostraram em suas considerações que entendem do assunto e não brincam em serviço.

Stênio Marcius, nosso poeta, cantor e compositor preferido. Dispensa comentários. Cantou "Alguém como eu", "Deixa eu tocar teu coração" e encerrou com uma música mais que nova, feita há menos de duas semanas, intitulada "nEle".

Após a apresentação, nos confraternizamos no coquetel e desfrutamos de um momento inesquecível. Entre todas as pessoas especiais que estiveram no lançamento, vale destacar especialmente a presença daquele a quem o livro foi dedicado, prof. dr. Ricardo Bitun. Meu mestre, irmão de fé, conselheiro e acima de tudo, grande amigo!

Ano que vem tem mais! Para adquirir o livro Jesus é Deus?, basta acessar www.editorareflexao.com.br ou fazer o seu pedido por telefone: (11) 3487 8961.

Em dezembro de 2009, se tudo correr bem, segundo volume da tríade: O Cristo Medieval - de Santo Agostinho à Idade Média tardia.

Beijo carinhoso em cada um!

na Graça,
Jefferson

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Chegou a hora! Jesus é Deus?

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Queridos amigos e amigas,

Falta pouco p/ o lançamento oficial do meu livro intitulado:

Jesus é Deus? - uma reflexão sobre a divindade de Cristo na História

Nesta quarta-feira, dia 10, a partir das 19h.

Ficarei muito feliz c/ a sua presença!

Será uma noite super agradável p/ todos nós!

Livraria Cultura do Shopping Market Place.

Em frente ao Shopping Morumbi.

Dois minutos da Estação Morumbi da CPTM.

Ao lado da Ponte Morumbi.

A sua presença, p/ mim, será de um valor inestimável!
Um beijo carinhoso e até lá!

na Graça,
Jefferson



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