sábado, 28 de agosto de 2010

Os 10 melhores teólogos protestantes do Brasil

A maioria dos intelectuais protestantes brasileiros conhecidos como teólogos é composta por aqueles que se graduaram em teologia, mas que depois deram continuidade em suas carreiras acadêmicas em áreas como a História, a Filosofia, as Ciências Sociais ou as Ciências da Religião.

De qualquer maneira, considerei aqui alguns critérios: aqueles que são conhecidos como teólogos por terem sido graduados em teologia e lecionado boa parte de suas vidas em Seminários e/ou Faculdades de Teologia, tê-los conhecido pessoalmente, lido ao menos um de seus livros e por já ter presenciado suas palestras ou aulas.

Digo com honra que alguns que aqui listei foram meus professores na graduação em teologia, no Mackenzie. Bem... muitos foram lembrados, mas como estabeleci que escolheria apenas os 10 melhores, tive que deixar alguns de fora. É o caso de Carlos Caldas, Éber Ferreira, Russell Shedd, Robinson Cavalcanti, Ariovaldo Ramos entre outros.

Aí segue a lista em ordem descrescente dos 10 melhores teólogos protestantes brasileiros em atividade na minha opinião.

Abraços a todos e todas!

Jefferson

10º - Alessandro Rocha



9º - Jorge Pinheiro


8º - Alderi Souza de Matos


7º - Haroldo Heimer


6º - Augustus Nicodemus Lopes


5º - Ronaldo de Paula Cavalcante


4º - Leonildo Silveira Campos


3º - Ricardo Quadros Gouvêa


2º - Julio Zabatiero


1º - Milton Schwantes

sábado, 14 de agosto de 2010

Reflexão (71) - Sobre a matéria de ÉPOCA


por Jefferson Ramalho

Falar de uma nova reforma, o resgate de um cristianismo abandonado na essência, acusar os neopentecostais de pilantras e safados... Concordo com todos os argumentos que são colocados contra este neopentecostalismo imundo que causa vergonha a todo cristão evangélico sério que não segue o evangelho em troca de prosperidade financeira, por exemplo. Mas quando leio uma matéria como a que a Revista ÉPOCA publicou na semana passada, não consigo ver apenas como a oportunidade de manifestação de vozes revoltadas e insatisfeitas com estes movimentos liderados por verdadeiros charlatães.

Para mim, não se trata apenas disso. Não que eu negue tudo o que escrevi aqui no blog sobre o neopentecostalismo. Não é isso! Só que está nítido que esta briguinha é mais uma daquelas disputas de gente que diz: “__eu entendi o evangelho!” “__eu falo a verdade!” “__eu estou certo em minha interpretação da Bíblia.” Só que o Lutero já fez isso no século XVI e vejam no que deu! O protestantismo já nasceu bagunçado. Só no século XVI já existiam seguramente mais de dez diferentes movimentos que se identificavam seguidores da maneira correta de se interpretar a Escritura.

Ou seja, nasceram protestantismos distintos doutrinária e politicamente – principalmente, politicamente – dizendo-se verdadeiros seguidores do evangelho de Jesus de Nazaré. Como se não bastasse, os protestantismos se dividiram ainda mais nos séculos XVII, XVIII e XIX. Típico do protestantismo, foram divisões atrás de divisões.

Para consolidar o estrago, no século XX nasceu nos Estados Unidos – claro, só poderia ter sido – o Pentecostalismo. Esta “praga divina”, em menos de cinco anos chegou aqui no Brasil e, como uma verdadeira epidemia, invadiu nosso território e só cresceu, cresceu e cresceu. Sem ter de perder tempo aqui resumindo esta história de descaracterização evangélica no Brasil, chegamos à consolidação do estrago iniciado com o pentecostalismo. Falo do novo pentecostalismo, ou seja, o tal do neopentecostalismo.

Conforme este movimento crescia, os tradicionais que aqui chegaram no século XIX foram desaparecendo. Presos em seus fundamentalismos e dogmatismos, permitiram que o pentecostalismo e o neopentecostalismo fizessem aquilo que eles deveriam ter feito desde que chegaram. Por mais que neguem isso, a impressão que tenho é que os tradicionais criticam os pentecostais e neopentecostais porque estes cresceram e aqueles não. Como argumento, apontam as picaretagens dos neopentecostais, como se nas igrejas tradicionais não existissem maracutaias internas.

Agora, com raízes tradicionais e revoltados com o crescimento inegável dos neopentecostais, aparecem estes aí que, em outras palavras estão dizendo também, como muitos já disseram em dois mil anos de história: “__nós estamos com a verdade!”

Que me desculpem todos os citados e entrevistados na Revista. Ed René e Bispo Robinson, com os quais fiz eventos nos tempos de Editora Vida, Ricardo Gouvêa que foi meu professor nos tempos de Mackenzie, Ricardo Agreste e Ricardo Gondim que nos tempos em que estive envolvido no ramo editorial tive a oportunidade de conversar algumas vezes, mas tenho que concordar com o sociólogo Ricardo Mariano. Aliás, o que não faltou – mas sobrou nesta matéria, foram os Ricardos! Faltou um! Ricardo Bitun, grande amigo, professor, pentecostal, um dos raríssimos que conheço dos quais digo com toda tranqüilidade e sem medo de errar: “__este é um ser humano de verdade!” Mas, voltando, devo concordar com o Ricardo Mariano. Está claro que trata-se de uma concorrência. Uma briga de gente que quer conquistar o público do outro.

Pare de beber Coca Cola, mas beba Pepsi porque... blá, blá, blá...

Não assista ao jogo na Band, mas na Rede Globo porque... blá, blá, blá...

Não compre um carro da Fiat, mas da Ford porque... blá, blá, blá...

É a mesma coisa, caramba!
O Silas Malafaia diz que está certo!
O R.R.Soares diz que está certo!
O casal Hernandes diz que está certo!
O Edir Macedo diz que está certo!...

Só que o Ed René diz estar certo!
O Gondim também diz! O Ariovaldo também diz!...

E o Caio Fábio? Este sim, entendeu o Evangelho! É quase um Messias!
Não contribua com o programa do R.R. Soares, nem com o Malafaia!
Contribua com o Vem e Vê TV, do Caio Fábio, porque este sim é sério!
Caramba! Mas o Malafaia também diz que é sério! O R.R. também o diz!

E agora?

Nietzsche estava certo! Definitivamente estava certo!
Cristão mesmo, só existiu um! Só que este já morreu na cruz!

Como sabemos que aquela frase “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem!” foi um acréscimo de vários séculos depois de Jesus, ou seja, ele muito possivelmente nunca disse tal frase, fico imaginando como ele se dirigiria a este bando de concorrentes que se dizem seus autênticos porta-vozes! Talvez, quem sabe, ele diria: "__até os fariseus, com toda hipocrisia deles, foram melhores que vocês!"

Até a próxima!

Jefferson

terça-feira, 10 de agosto de 2010