quinta-feira, 31 de julho de 2008

Em novembro - Jesus é Deus?


Vem aí: Jesus é Deus? - uma leitura sobre a Divindade de Cristo na História.
1º volume da tríade sobre a história do dogma da Divindade de Jesus.
Neste tomo, faremos uma reflexão sobre os primeiros quatro séculos da História do Pensamento Cristão, dando atenção específica ao tema "Divindade de Jesus Cristo".

Será que Ele realmente é Deus?

Ainda faz algum sentido acreditar neste dogma da fé cristã?

Ou será que na verdade nunca fez sentido?

Aguarde!!!


quinta-feira, 24 de julho de 2008

25 de julho - dia do escritor



Oração do escritor

Antes que a vida
feche as pálpebras
na linha do tempo.

Antes que o sol
decline no horizonte

e todas as fontes
neguem o jorrar cristalino
das águas do meu pensamento.

Antes que a escrita
e esta fala contrita
deste escritor
sejam apenas um lamento
triste de saudade.

Antes que a idade
de todas as coisas
pesem sobre meus ombros.

Antes que todos os assombros
pairem na esfera
repetitiva das recordações

e meu texto no contexto da vida
seja apenas a dor do desencontro
meu e teu.

Por Deus!

Diga que me viu...
diga que me leu!

(Paulo)

extraído do blog:
http://retratosdaalma1.blogspot.com/2007/07/orao-do-escritor.html


PARABÉNS, ESCRITOR! VOCÊ É MUITO IMPORTANTE POR FAZER O QUE FAZ,
POIS CONSEGUE TRANFORMAR EM LETRAS, NÃO APENAS IDÉIAS,
MAS SENTIDOS E EMOÇÕES VERDADEIRAS.

CONTINUE NOS PRESENTEANDO COM AQUILO QUE,
O SEU CORAÇÃO CONSEGUE TRANSFORMAR EM PALAVRAS!
NÃO PARE DE ESCREVER!

UM CARINHOSO ABRAÇO,
JEFFERSON


sábado, 19 de julho de 2008

Reflexão (45) - Peixinhos e tubarões


por Frei Betto

Angélica Aparecida de Souza Teodoro, 18 anos, mãe de um filho de dois anos, estudou apenas o 1º. grau. Trabalha como empregada doméstica, mas encontrava-se desempregada, ao ser presa, em novembro, dentro de um mercadinho do Jardim dos Ipês, na capital paulista, acusada de roubar uma lata de manteiga marca Aviação, de 200 gramas, no valor de R$ 3,10. Levada para a 59º Distrito Policial, conhecido como Cadeião de Pinheiros, recebeu voz de prisão do delegado Marco Aurélio Bolzoni.


Por subtrair mercadoria no valor de R$ 3,10, Angélica passou na prisão o Natal, o Ano-Novo e o Carnaval, pois o Tribunal de Justiça de São Paulo, ao analisar o pedido de defesa da doméstica, o indeferiu. Angélica foi solta dia 23 de março, mais de quatro meses depois, graças à liminar do ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

O Brasil e sua Justiça parecem postos de cabeça para baixo. Há uma inversão total de valores e critérios. Um publicitário vem a público e declara ter recebido, via caixa dois, R$ 10 milhões de reais numa conta clandestina no exterior, e fica por isso mesmo, protegido por direitos que lhe foram garantidos pelo STF, reagindo com escárnio às interrogações dos parlamentares incumbidos de apurar corrupções.

Um publicitário mineiro faz biliardários empréstimos ao tesoureiro de um partido político, sem revelar a origem dos recursos, porém destinando-os ao suborno de deputados federais, e fica por isso mesmo.

Um deputado federal, cassado após ocupar o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, achaca em R$ 7 mil o proprietário de um restaurante e ninguém lhe dá voz de prisão.

Um alto funcionário dos Correios é filmado embolsando propina no valor de R$ 3 mil, a polícia não é chamada e ele continua livre, prova viva de que crimes de colarinho branco, merecem a cumplicidade de setores da Justiça.

Quando políticos, banqueiros e empresários processados por desvios de recursos públicos devolverão o que roubaram? Quem pune os gastos exorbitantes de um reitor de Universidade de Brasília, os desvios de recursos do BNDES, as maracutaias nas privatizações sob o governo FHC?

Fica a impressão de que, por baixo de tanta corrupção, há uma extensa rede de cumplicidade. Tubarões não são punidos para evitar que entreguem outros tubarões à Justiça. Neste país, basta ter dinheiro, bons advogados e relações nas instâncias de poder para ficar assegurada a impunidade. Enquanto isso, os pobres, sob simples suspeita, sofrem torturas ou levam bala antes de serem inquiridos ou investigados.

Os peixinhos, como Angélica, ficam meses na cadeia por causa de R$ 3,10. Os tubarões, imunes e impunes, são a prova viva de que o crime compensa – de fato e de direito – desde que o assalto abocanhe valores em milhões de reais. De preferência dinheiro dos cofres públicos.

Vale o provérbio: “Quem rouba 1 real é ladrão, quem rouba 1 milhão é barão”.

Estatísticas comprovam que a polícia do governador Sérgio Cabral, do Rio, matou mais este ano do que os crimes cometidos em São Paulo por bandidos. Quem decepa a mão assassina do Estado?

No Brasil, quando a polícia pára uma pessoa de posses, a pergunta é: “Sabe com quem está falando?”

Em outros países é o policial que faz a pergunta: “Quem você pensa que é?”

Quando estive na Inglaterra, nos anos 80, vi pela BBC – uma TV estatal – o sobrinho da rainha Elizabeth II ser levado a julgamento. Parado por uma patrulha rodoviária, constatou-se que ele dirigia sob efeito de álcool. Cassaram-lhe a carteira por seis meses.

Dois meses depois foi parado por outra patrulha. Pediram-lhe a carteira. Não tinha. Então apelou para o jeitinho brasileiro: “Sabe com quem está falando? Sou o príncipe fulano”. O guarda insistiu em ver os documentos. O rapaz voltou ao bate-boca. Então o policial disse a ele: “Um de nós dois está errado. Você está preso e a Justiça dirá quem de nós tem razão”.

Televisionado para todo o pais, o príncipe se viu obrigado, pelo juiz, a pedir desculpas ao guarda e teve a sua licença de motorista cassada por cinco anos.

Assim se faz cidadania.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Luis Fernando Veríssimo e outros, de “O desafio ético” (Garamond), entre outros livros.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Reflexão (44) - A semente do futuro



por Levi Corrêa de Araújo

"Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas." Eclesiastes 11.6


O texto do Rei e Sábio Salomão pode ser usado para aqueles encontros prozac muito característicos entre as equipes de vendas, mas essa dica de saber também pode ser usada sem tanta overdose por grupos políticos em tempos de eleições ou entre qualquer time que diante de um grande desafio precise de motivação e superação.

Entretanto, a metáfora usada traz símbolos simples como a plantação, sementes e serviço perseverante e extenuante, o que contrasta totalmente com o nosso mundo corporativo que tem na rapidez, no pragmatismo frio e na esperteza mutiladora uma espécie de indivisível tríade característica de quem é reconhecidamente uma pessoa bem sucedida.

No tempo deste importante botânico da antiguidade ainda não existiam as atuais tecnologias de aceleração de germinação de sementes. Naquele tempo se dava tempo ao tempo, a vida e a sabedoria. Plantar, cuidar da terra e esperar o brotar é o melhor modelo para aqueles que desejam frutificar em lugar de produzir.

Falo de um produzir que é sinônimo de uma linha de montagem tirana tão bem retratada pelo profeta Charles Chaplin em seu clássico Tempos Modernos, sim falo de um jeito adoecido e adoecedor de produzir requerido nas contemporâneas senzalas high tech onde as pessoas não passam de mais um produto no panteão tecnológico.

Creio em um frutificar de um desenvolvimento que é humano, social, ambiental e econômico, exatamente nesta ordem, pois só assim nós teremos um desenvolvimento econômico humano e inclusivo. Por isso que nos meus tempos de germinação no Projeto Cidade Futuro – Agenda do Milênio nós andávamos com sementes nas mãos insistindo com as pessoas que ainda é possível prestar atenção na terra, afofando-a com as próprias mãos e fecundando-a com a semente dos nossos sonhos.


quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vou pescar!



Vou pescar!
Parece que acordei de um longo sonho,
Parece até que eu parei no tempo,
Parece até que nada aconteceu!
Vou pescar!
Quem sabe Ele apareça novamente,
Quem sabe volte a me chamar de amigo,
Quem sabe chegue andando sobre as águas,
Quem sabe?

O Homem junto à fogueira convida pra ceia,
para uma conversa sincera!
Brasas queimando na areia
E dentro de mim a lembrança de tê-lo negado,
Por nada!

É a hora da verdade aqui em volta da fogueira
Melhor lançar tudo que é palha no fogo!
Olhe bem dentro dos olhos do Homem que reparte o pão
E me diga se alguém é capaz de enganá-lo?

Tu sabes todas as coisas,
Tu sabes do meu amor por Ti!
Tu sabes todas as coisas,
Tu sabes do meu amor por Ti!

Vou pescar...

(composição: Stênio Marcius / gravação: João Alexandre)

Lançamento!!! Stênio Marcius!!!




Esta é a capa do mais novo CD de Stênio Marcius

Música cristã com qualidade! Bíblia em forma de poesia!

Conheça o repertório

1. Canções à meia noite
2. Alguém como eu
3. Acordo
4. Velha amizade
5. O Senhor do tempo
6. Tanto para dizer
7. Calendário
8. E se
9. Lenços dourados
10. Muralha
11. O Sonho
12. Para sempre

Para adquirir é só ligar para 11 3763 2437
ou enviar e-mail para Selma: sdeoliveiranogueira@hotmail.com

Lançamento Oficial: 3 de setembro (quarta-feira) no Auditório Rui Barbosa
Universidade Presbiteriana Mackenzie - São Paulo
Horário: 20h
Informações: 11 3763 2437 (c/ Selma)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Café Acadêmico de agosto - com Milton Schwantes


Faça sua inscrição pelo telefone 11 2618 7045 ou envie e-mail para jefferson.ramalho@editoravida.com.br


sexta-feira, 11 de julho de 2008

Reflexão (43) - Até que passem as calamidades




por Jefferson Ramalho

Na última reflexão que escrevi, mencionei que fui picado pela serpente do engano e que sem perceber, me envolvi em uma situação que estava me levando a um terrível abismo, mas que para mim não parecia abismo, e sim, a verdadeira e plena felicidade.

Obviamente eu não me referia ao diabo. Como já disse, ele não terá o gosto de me ouvir dizendo que é ele o responsável por coisas que acontecem em minha vida. Apesar de mim, a minha história está nas mãos do SENHOR.

Mas eu também não me referia a alguém, especificamente. Jamais diria isso de alguém, muito menos de pessoas para as quais eu sempre só desejei o bem, nunca o mal. A serpente do engano é minha inconsciência e minha própria incapacidade de discernir que há caminhos que, embora tenham aparências boas, são caminhos de morte, de escuridão e de lágrimas.

Da mesma maneira, me referi ao terrível abismo, que não poderia ser nada mais que esta turbulência e este tormento que todo ser humano experimenta na alma, após ter sido seduzido pelas próprias paixões, que na maioria das vezes são inconfessáveis.

De uma coisa estou certo. O Senhor está cuidando de mim. Ele é a Videira Verdadeira e eu sou apenas um ramo frágil e pequeno – não forte e grande, apesar do meu sobrenome – e estou enxertado nEle. Só espero que Ele me dê a Graça de daqui para frente, produzir bons frutos, mesmo eu sendo este ramo frágil que nEle está enxertado.

Bem! Um fruto Ele já tem produzido em mim de um mês para cá. O fruto do arrependimento. Que apesar da minha fragilidade e da condição pequena em que sempre me encontrei, especialmente diante da Grandeza dEle, eu possa ser alvo de Sua Misericórdia. Tudo o que tenho tentado fazer, é seguir o que ora o Salmo 57.1:

Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.

na Graça,

Jefferson

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Reflexão (42) - Uma breve análise - sobre o caminho da Graça em Santos


Olá, recomendo a leitura calma e responsável deste texto/análise do Marcelo Quintela sobre os 3 anos de Caminho da Graça em Santos. Penso que esta análise cabe à todas as Estações do Caminho pelo Brasil, bem como a cada caminhante individualmente. Mais uma vez, obrigado Marcelo por ser quem voce é entre nós.
(Carlos Bregantim - Estação do Caminho da Graça em São Paulo).



por Marcelo Quintela

Desde que o Vento soprou por aqui, muita gente passou pela Estação, a partir do que um processo saudável de vinculamento tomou início. Até hoje ninguém se vinculou ao lugar como membresia arrolada. Não. O Chamado é para sermos membros uns dos outros. Não acho que uma coisa exclua a outra, acho só que a pedagogia do Evangelho exige que seja assim agora, visto que nossas mentes estão viciadas na institucionalização do Corpo (como se isso fosse possível!).

Obviamente, muitos não se vincularam comunitariamente. Tem quem não consiga fazê-lo sem preenchimentos de fichas e anúncios oficiais, cartas de transferência ou benção pastoral.

Outros tentaram ficar, mas não conseguiram se fixar no Nada, se sustentar sobre a falta absoluta de um chão institucionalizado. Ficaram perdidos sem pilares onde se apoiar, chocados com as colunas da secularidade que nos é típica e que chamam "profana". Sentiram-se inseguros sem sacerdotes que os intermediasse, sem vitrais que os inspirassem a mais propícia atmosfera, sem a cultura religiosa que melhor correspondesse à familiaridade de sua cristianização de nascença.

Reconheço que aqui é tudo tão simples que até dá raiva! Lugar onde as velhas magias, as unções fabricadas e os enredos frouxos não "colam". Não ficaram porque ficaram decepcionados com uma arquitetura ministerial sem degraus. "Como subir se não há degraus?" Não gostaram de serem designados somente "servos", tendo em vista o vasto currículo do sacro-ofício. Não se sentiram bem de serem tratados como gente.

Aliás, alguns não gostaram da gente. Não gostam de gente que se pareça com gente sem sentir vergonha disso. Quem fica numa Estação do Caminho da Graça, então? Por aqui fica quem já não tem mais perguntas a fazer a Deus, mesmo carecendo de muitas respostas.

Fica quem sabe que é doente, quem sabe que é o menor, que sabe que nada sabe e quem sabe como convém saber!

Fica, acima de tudo, quem sabe que é o principal dos pecadores. Fica quem não tem mais nada nas mãos para negociar.

Quem compra e vende no templo, não agüenta ficar por aqui. Não... não tem sentido, pois não dá lucro! Fica quem não tem nenhuma ambição para ficar, fica quem já morreu, fica quem faliu.

Para ficar aqui tem que lembrar que aqui não é um lugar de ficar, senão para servir o próximo que por aqui passa. Sim, aqui ninguém faz carreira, mas todo mundo tem compromisso com a samaritanização do amor de Deus na direção de gente roubada e extorquida pelo caminho da vida.

Quem fica por aqui tem que ter reverência pelo semelhante-tão-diferente, pelo diferente igualmente carente, faminto... humano!

Nesse ambiente de liberdade, ninguém é livre para dominar o povo!

Ninguém tem liberdade para infringir fardos pesados sobre costas alheias. Onde liberdade e reverência se encontram, legalismos e libertinagens não contam! Só fica aqui quem morreu para a Lei, e quem não vive mais para o pecado!

É assim que é. E em três assim sendo, já deu para ver que É!

Fique aqui, então.

Na mesma Graça,

Marcelo Quintela
(Caminho da Graça – Estação Santos – SP)