quarta-feira, 27 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Resposta ao comentário postado por Carlos Seino

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por Jefferson Ramalho

Ficarei muito contente no dia em que mais comentários, como o do meu grande amigo Carlos Seino (o Carlinhos), forem postados neste blog!

Para saber quais foram os questionamentos do Carlinhos, convido você a lerem a Reflexão (57) - Relendo a História 3. Em seguida, leia as questões levantadas!

Aí vão minhas tentativas de resposta às observações do meu amigo:

1º Obrigado por ter gostado do texto, mano querido!

2º Sobre a leitura feita, é realmente com lentes modernas, aliás, pós-modernas, pois até a Modernidade, escravidão era algo absolutamente normal em muitos contextos. Contudo, as filosofias do século XVII para cá, já não nos permitem mais olhar de outra maneira para o passado. Gonzalez, infelizmente, na intenção de defender sua experiência religiosa com o cristianismo, o protege de todos os seus equívocos. Você está muito correto ao recordar que Policarpo tinha escravos e que Paulo parece não condenar tal prática, o que demonstra, ao meu ver, sérios problemas, principalmente em se tratando de um movimento que afirma seguir a mensagem do Nazareno. Ou seria Este também favorável à escravidão, independentemente de seu tempo histórico?

3º A influência helênica é mais que óbvia em textos dos evangelistas e de Paulo. Impossível não notar isso! Gonzalez poderia muito bem ter tratado sobre tal influência, assim como o fez com mais competência Adolf von Harnack em seu História do Dogma. Todavia, Gonzalez se reduz à constante e tendenciosa tentativa de defender a Revelação. A questão não está em ver a influência grega como algo positivo ou negativo, mas real, e que por essa razão nos leva a repensar seriamente o conceito de Mensagem Divina nos textos influenciados por aquela cultura. O dualismo platônico, por exemplo, é determinante para a formulação de idéias como bem/mal, céu/inferno, pecado/santidade e tantas outras presentes nas mensagens paulina e dos autores dos evangelhos, mesmo considerando que foram esses últimos os responsáveis por nos fazer conhecedores e receptores das palavras que Jesus supostamente disse. Aquilo que Paulo escreve distancia-se em muitos momentos da mensagem de Jesus, sobretudo, em termos morais. Em resposta à Ladd, Hodge, Berkof, Carson e tantos outros, recomendo Tillich, Bultmann, Harnack, Kümmel e até mesmo o contemporâneo Crossan.

4º Sempre quando expressamos uma interpretação a respeito do que quer que seja, fazemos uso de uma ideologia que consideramos mais coerente. Isso é absolutamete normal. Contudo, tratando propriamente desse tema, eu insistiria em defender a perspectiva de que a única coisa boa que ocorreu aos cristãos foi o fato de terem se tornado livres. O Estado poderia até ter uma religião oficial, mas que não fosse o cristianismo. Construções de hospitais e cemitérios teriam que necessariamente depender desse conluio Estado/Igreja? Sobre as condições trabalhistas e o fim da escravidão, em termos práticos, nada mudou. Basta ver o que a Igreja institucionalizada fez, sobretudo, enquanto principal organização feudal.Quanto à divindade de Cristo ter sido o objeto de discussão em Nicéia, é fato, além disso, estava presente nas composições pré-nicenas de Clemente, Inácio, Justino, Ireneu, Tertuliano, Orígenes, Eusébio, para não citar os textos neotestamentários. Todavia, não há dúvida de que Nicéia deu um impulso ainda maior para que o concubinato entre o Estado e a Igreja se estabelecesse paulatinamente.

5º Uma coisa, em minha modesta leitura e opinião, é a idéia de instituição; outra é a idéia de institucionalização. Jesus instituiu sua igreja, sua assembléia, seu grupo de seguidores, conforme Mateus 16.18. Não demorou muito para que após a sua suposta ascensão, os seus seguidores se organizassem hierarquicamente. Por se tratar de uma organização humana, isso é absolutamente comum. Líderes servidores devem existir. Esse processo ganha mais forma à medida que a cristandade atinge novos pontos do Império, apesar das perseguições oficiais e não-oficiais. O problema, porém, está na institucionalização, na inversão de valores que passa a existir a partir do quarto século e que imperceptivelmente ganha maiores proporções nos séculos posteriores. O modelo hierárquico, agora, não é mais aquele proposto pelos Padres da Igreja, mas nada mais que uma reprodução grotescamente copiada da estrutura imperial de Roma, e esta falida. Não vejo a Igreja que Jesus instituiu como uma organização humana, apenas, uma vez que acredito ser Ele o próprio Deus Encarnado, apesar de profundamente humano. Ele instituiu um movimento sem nome, sem lugar sagrado, rebelde, clandestino e subversivo diante da ortodoxia judaica. Por outro lado, as organizações eclesiásticas, antes ou depois da institucionalização, antes ou depois da aliança com o Estado, antes ou depois do abandono às origens e ao significado concreto daquilo que foi instituído por Jesus, sempre foram e sempre serão humanas. A questão é: Por que elas, independentemente de serem humanas, abandonaram e abandonam a essência da mensagem do Mestre, fazendo uso de suas palavras, mas invertendo os seus valores e reais significados?

Abração, Carlinhos.

Saudades, amigo!

na Graça,
Jefferson

domingo, 17 de maio de 2009

Como foi nosso 1º Café com Graça, em Osasco

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Gente querida e amada,

Nesse domingo (17 de maio), tivemos a alegria de nos reunirmos no primeiro encontro da estação do Caminho da Graça, em Osasco, onde nos veremos regularmente a partir de junho, todos os domingos, das 10h às 12h, no espaço da Faculdade de Cultura e Ensino Teológico de Osasco, na qual sou professor desde 2006.

Foi uma experiência muito satisfatória estar ali com amigos e gente que não tem outra pretensão neste mundo a não ser a de ser gente, assim como Jesus foi gente. A diferença, porém, está no fato de que ele, Jesus, é o Caminho, nós somos apenas os caminhantes.

O que mais nos alimenta espiritualmente é o fato de sabermos que, mesmo sendo tão errantes, pecadores, devassos, repletos de erros, nós continuamos sendo amados e generosamente permitidos por Ele a fazermos parte dessa caminhada de Graça e na Graça.

Ele nos libertou do império das trevas, e para nós que estamos e ficaremos no Caminho, que é Ele e não uma organização humana, fomos também libertos de impérios governados por pastores corruptos e interessados em nosso dinheiro.

Quando tive, no encontro, alguns instantes para convidar aos amados que ali estavam para permanecermos com a iniciativa do Caminho da Graça em Osasco, não me contive e falei sobre uma experiência vivida há poucos dias. Vi pastores críticos da teologia da prosperidade afirmarem que Deus não está no controle de nada, pois se tivesse, não existiria violência, miséria, fome, corrupção e tantas outras maldades.

Quando ouvi tal frase, não deixei de concordar com a coerência da afirmação, porém, não sem murmurar, dizendo: tanto concordo que se Deus estivesse no controle, muitos pastores não ficariam tão ricos às custas de suas ovelhas - e não me refiro aos pregadores da prosperidade. Estes, nós já sabemos, são safados, mesmo.

Gosto das provocações do meu amigo, mestre e conselheiro Ricardo Bitun, que além de pastor e teólogo, é um sociólogo de altíssima competência. Foi a ele que dediquei a publicação do meu livro, pois sua influência e participação em minha vida e formação acadêmica é fortíssima.

Ele sempre pergunta: "Por que esses caras que criticam os teólogos da prosperidade - e não devem parar de criticar - vivem como se acreditassem nessa teologia?" É verdade!!! Ele tem razão!!!

Sobre a arte de discursar, cheguei à conclusão, é uma das maiores ferramentas da manipulação, e isso é estratégico! Eu critico a teologia da prosperidade, e mesmo assim, não deixo de ser beneficiado às custas dos outros. Eles pensarão: "Esse cara é sério. Pra ele, vale a pena contribuir"

Enfim, foi assim no Caminho. Não posso deixar de mencionar a presença de minha amada e linda namorada, Aline Grasiele, que veio diretamente de sua cidade mineira, Contagem, para estar comigo e participar desse primeiro encontro. E isso ela fez por iniciativa própria, por entender e ser sensível ao quanto seria importante para mim tê-la ao meu lado nesse momento, em especial, embora seja sempre maravilhoso tê-la comigo, em qualquer lugar ou circunstância, sempre, porque a amo, até o fim!

Sobre o próximo encontro da estação do Caminho da Graça em Osasco, será no dia 7 de junho, das 10h às 12h, e iniciaremos uma iniciativa de releitura do livro de Atos dos Apóstolos. Vamos repensar muitas coisas a partir desta experiência. Identificaremos as mensagens, as sacadas, os conflitos, os problemas textuais, as contradições, os significados históricos e os espirituais do livro.

Espero por você que possa e queira estar conosco iniciando esta releitura (des)compromissada do livro de Atos.

Um forte e carinhoso abraço!

na Graça,
Jefferson

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Café com Graça em Osasco - domingo - 17/5

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Bom dia e boa semana.
Isaias 30.15 pra voce.

É com alegria que informamos e convidamos você, sua família e amigos ( especialmente os que moram em OSASCO E REGIÃO ), para participar conosco do CAFÉ.COM.GRAÇA.

Este encontro tem como objetivo, considerar a possibilidade de começarmos uma INICIATIVA DO CAMINHO DA GRAÇA, tendo como CONVOCADOR E MENTOR meu querido amigo JEFFERSON RAMALHO.

Estará conosco nesta manhã especial do DOMINGO DIA 17 DE MAIO ÀS 10H00, nosso também querido amigo, poeta e musico STENIO MARCIUS.

O local do encontro será na:

FACETHEOS
PÇA ANTONIO MENCK, 20 - 3 andar
OSASCO - CENTRO
Em frente a Estação Osasco da CPTM
Começo da Av. Antonio Agu

Voce é muito benvindo e para servi-lo melhor, se você pretende participar , de um retorno, por favor. Ok? Alguns queridos ja confirmaram presença. Voce vai?
Como é comum entre nós no Caminho, pois, todos são protagonistas e não expectadores, se voce for, leve algo bem gostoso pra enriquecer a mesa do Café.Com.Graça.

"A VIDA PODE SER CHEIA DE GRAÇA E A GRAÇA PODE SER CHEIA DE VIDA"

Graça, paz & bem a voce e sua casa.

Bjs.

Carlos Bregantim

Caminho da Graça
Estação São Paulo

sábado, 9 de maio de 2009

Verdão começa bem no Brasileirão

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A decisão de priorizar o confronto contra o Sport pela Libertadores da América não trouxe consequências ao Palmeiras na estreia do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, no Palestra Itália, o time do técnico Wanderley Luxemburgo passou sufoco, mas assegurou a vitória de virada sobre o Coritiba por 2 a 1 aos 42 minutos da etapa complementar.

Por causa do compromisso de terça-feira na Ilha do Retiro, o técnico Wanderley Luxemburgo optou por uma formação praticamente reserva no primeiro tempo. Apenas nos 45 minutos finais, o treinador apelou para as entradas dos titulares mais importantes: Cleiton Xavier, Diego Souza e Keirrison foram fundamentais para a conquista dos três pontos.

Apesar da vitória, a torcida palmeirense sofreu neste sábado. Na etapa inicial, o Coritiba abriu o placar com Marcelinho Paraíba, de pênalti. No segundo tempo, o Palmeiras virou através de Willians e Keirrison.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, no domingo que vem. Um dia antes, o Coritiba pega o Santo André, no Couto Pereira.

Fonte: www.gazetaesportiva.net