quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Reflexão (34) - A volta do filho pródigo


por Jefferson Ramalho


A parábola do filho pródigo é uma das mais conhecidas de toda a Bíblia.

Mas há detalhes contidos nessa estória inventada por Jesus, que apenas alguns mestres do conhecimento conseguiram perceber.

Na pintura, o quadro do holandês Rembrant foi a obra que melhor representou em forma de imagens o que a parábola ensina.

Na literatura, após uma análise concentrada e ao mesmo tempo repleta de sensibilidade diante da pintura de Rembrant, o sacerdote católico Henri Nouwen detalhou ainda mais a parábola, compartilhando em seu principal livro A volta do filho pródigo, tudo o que há de verdades espirituais naquele texto do Evangelho de Lucas.

Na música, repleto de simplicidade, ninguém além do compositor brasileiro Stênio Marcius conseguiu transformar em poesia, letra e música, o que o Mestre quis ensinar ao narrar a parábola.

Abaixo, a pintura de Rembrant. Após a pintura, a letra de Stênio Marcius.

Abração a todos!

na Graça,

Jefferson



















Fim de tarde no portão
(Stênio Marcius)

Fim de tarde no portão
A cabeça branca ao relento
Teimosia de paixão
Faz das cinzas renascer alento

Na estrada o seu olhar
Procurando um vulto conhecido
Espera um dia abraçar
Quem diziam já estar perdido

O seu amor é tão forte
Mais que o inferno e a morte
São torrentes que arrebentam o chão
Mais fácil secar os mares
Apagar a estrela Antares
Que arrancar o amor do seu coração
Fim de tarde,
se debruça no portão

Mas um dia aconteceu
E o moço retornou mendigo
O pai depressa correu
E abraçou o filho tão querido

Tragam roupas e o anel
Calcem logo os seus pés, milagre!
Vinho do melhor tonel
Tanta alegria em mim não cabe

O seu amor é tão forte
Mais que o inferno e a morte
São torrentes que arrebentam o chão
Mais fácil secar os mares
Apagar a estrela Antares
Que arrancar o amor do seu coração
Fim de tarde,
está deserto o portão

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