quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Leia comigo (9) - Teologia sistemática no horizonte pós-moderno


Caros amigos,


Abaixo, seguem os fragmentos que selecionei do 2º capítulo do livro do professor Alessandro Rocha, entre as páginas 70 e 84.

Boa leitura!

"O que se propõe neste segundo capítulo é evidenciar as influências da sublevação da metafísica (v. Glossário) no interior do discurso teológico cristão, em sua dimensão metodológica, preponderantemente em seu corte sistemático-dogmático. Como resultado dessas influências, observa-se, em primeiro lugar, a dogmatização dos temas da , instrumentalizados no âmbito da univocidade discursiva própria da teologia apologética. Em seguida, esses temas dogmatizados são sistematizados em forma de tratados, para logo após serem circunscritos no âmbito da manualística, de tendência marcadamente universalizante." (p. 71).

"como diz Paul Tillich: Fé não é, portanto, um ato de forças irracionais quaisquer, assim como também não é um ato do inconsciente; ela é, isto sim, um ato em que se transcendem tanto os elementos racionais como não-racionais da vivência humana." (p. 75s).

"É na abertura para a transcendência que homens e mulheres encontram o terreno apropriado para a experiência de fé." (p. 76).

"Diferentemente dos discursos unívocos e apologéticos e mesmo dos documentos escriturísticos, a fé em si não é 'firme fundamento'. Ela torna-se fundamento à medida que aquele que a experimenta reage à sua insegurança, ou mesmo à inexistência desses fundamentos." (p. 79).

"
Sem a dimensão da mediação cultural, haveria uma polarização entre experiência de e discurso sistemático, uma incomunicabilidade que inviabilizaria qualquer discurso minimamente relevante. Sem mediação cultural, a experiência de não transmitiria nenhum sentido existencial, e o discursos sistemático não passaria de peça literária cristalizada, fria e absolutamente irrelevante, dada tão-somente à reprodução sistemática de corte apologético." (p. 82).

"
Embora pareça claro que o discurso teológico não possa prescindir da cultura como instância que promove mediação a partir da linguagem (de determinada linguagem), permitindo assim seus postulados, isso não se verifica no caso da teologia sistemática manualista (que é o objeto desta pesquisa). O que se pode perceber é a cristalização de uma mediação cultural (a metafísica) que impede qualquer outra. Dessa forma, o arco de elementos que compõe o horizonte existencial de homens e mulheres concretos não é identificado no interior desse discurso." (p. 84).

Na próxima semana tem mais.

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Amanhã teremos uma nova Reflexão.

Abração!

na Graça,

Jefferson

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