segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Reflexão (6) - A escuridão me basta

Meus amigos e irmãos,

A oração abaixo foi extraída dos textos de Thomas Merton (1915-1968), monge trapista norte-americano. Um dos grandes mestres contemporâneos da espiritualidade cristã.

Eu diria que esta é a típica oração de alguém que realmente consegue perceber a sua própria insignificância diante da Graça misteriosa do Altíssimo.

título: Tu não és como o tenho imaginado

Senhor, é quase meia-noite e estou Te esperando na escuridão e no grande silêncio.

Lamento todos os meus pecados.

Não me deixe pedir mais do que ficar sentado na escuridão, sem acender alguma luz por conta própria, nem me abarrotar com os próprios pensamentos para preencher o vazio da noite na qual espero por Ti.

Deixa-me virar nada para a luz pálida e fraca dos sentidos, a fim de permanecer na doce escuridão da Fé pura.

Quanto ao mundo, deixa-me tornar-me para ele totalmente obscuro para sempre. Que eu possa, deste modo, por esta escuridão, chegar enfim à Tua claridade.

Que eu possa, depois de ter me tornado insignificante para o mundo, estender-me em direção aos sentidos infinitos, contidos em Tua paz e Tua glória.

Tua claridade é minha escuridão. Eu não conheço nada de Ti e por mim mesmo nem posso imaginar como fazer para Te conhecer.

Se eu te imaginar, estarei errado.

Se Te compreender, estarei enganado.

Se ficar consciente e certo que Te conheço, serei louco.

A escuridão me basta.

(Thomas Merton) - extraído do site do compositor e intérprete cristão, Jorge Camargo.

Aí vai o link:

http://www.jorgecamargo.com.br/podcasts.php

Abração a todos.

na Graça,

Jefferson

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