terça-feira, 20 de novembro de 2007

Reflexão (2) - Caminhos de desgraça


Há caminhos que ao homem parecem corretos, mas o fim deles são caminhos de morte
. (Salomão)

por Jefferson Ramalho

Todo ser humano vive experiências de fracasso. Sejam profissionais, ministeriais, sentimentais ou familiares. Tudo isso por uma razão simples. Todos nós tomamos decisões erradas na vida. Escolhemos estudar alguma profissão que não gostamos porque desde cedo somos “forçados” por nossos pais a fazer isso, ou decidimos trabalhar em uma atividade que detestamos, mas que supostamente nos proporcionaria um bom retorno financeiro, resolvemos nos casar com a pessoa errada muitas vezes impulsionados por uma paixão cega e repleta de ansiedade ou até mesmo desanimamos de nossa caminhada com Cristo só porque ao nos convertermos ao Evangelho, nos entregamos de tal modo ao trabalho eclesiástico até "descobrirmos" que não foi para aquele ministério que Deus nos chamou.

Acredito que Deus tem um propósito em tudo que acontece em nossas vidas. Até nas decisões erradas que tomamos. Ele sempre tem algo a nos ensinar, nem que seja para nos fazer enxergar com maior precisão uma frase como esta que Solomão escrevera milênios atrás: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos de morte". De que morte Salomão está falando? Contextualizando, podemos identificar esta morte como sendo a conseqüência de tudo o que resolvemos fazer na vida, quando sabemos que aquela não é uma decisão racionalmente correta.

Não quero com isso anular o lado emocional que habita a alma humana. Todos os homens e mulheres têm emoções e estas devem ser exploradas. Mas a razão serve exatamente para isso. Para proporcionar a moderação necessária em todo sentimento humano. Se eu optar por uma profissão que não me agrada, certamente cedo ou tarde morrerei profissionalmente. E aquilo que sempre sonhei "ser quando crescer" nada mais será que uma frustração de quem não conseguiu atingir seu sonho profissional. Se eu faço opção por uma pessoa que não amo verdadeiramente ainda que seja a melhor esposa ou esposo que eu pudesse ter na vida, em algum momento lá na frente direi ao menos para mim mesmo: não valeu a pena. O tempo passou, meus cabelos estão brancos e agora é tarde.

Se logo que eu me converto ao Evangelho, me mergulho de cabeça nas atividades da igreja sem pedir nenhuma direção a Deus acerca disso, poderei em algum momento da vida perceber que eu jamais deveria ter feito aquilo. Descubro que resolvi fazer tantas coisas, e no fundo Deus só queria que eu fizesse apenas uma.

Todas estas decisões erradas têm o poder de nos conduzir à morte. Morte na vida profissional, no casamento, na família, nos estudos ou na igreja. Portanto, pense sempre antes de decidir impulsivamente. Olhe lá na frente. Pergunte para si próprio: serei feliz trabalhando com isso? Quero viver com este homem / mulher minha vida inteira? Foi isso mesmo que o SENHOR me chamou para fazer enquanto mensageiro do SEU Evangelho?

Talvez ainda haja tempo para que lá na frente você não tenha que perceber que o que aos seus olhos parecia direito, teve um fim de morte e destruição. Caso você já esteja vivendo as conseqüências de uma opção errada, tente sair dela para não matar outros com você. Fazendo assim, "salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem" (Paulo). Talvez ainda haja tempo para encontrar a verdadeira felicidade e com isso evitar a morte de sua alma.

na Graça,

Jefferson

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