quarta-feira, 28 de abril de 2010

Andrés Torres Queiruga no Brasil, em julho!

Acesse: http://www.soter.org.br/congresso2010/inscricao.htm

Caio Fábio fala de si

Clique no link abaixo da foto e ouça uma declaração emocionante do Caio.
Beijos,
Jefferson

http://www.youtube.com/watch?v=qEINQ_oOCfA

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estudo de História do Cristianismo

Amigos,

Em poucos dias começarei aqui no blog uma série de estudos sobre a História do Cristianismo e seus estilos historiográficos. Aguarde!

Nossa primeira e longa preocupação será observar o modelo eusebiano (de Eusébio de Cesaréia) de escrever a História da religião cristã. Até lá!

sábado, 24 de abril de 2010

Reflexão (69) - Deixai vir a mim as criancinhas


por Jefferson Ramalho

Deixai vir a mim as criancinhas...

Em dias como os nossos não é nada interessante que um padre, por exemplo, pregue tal passagem bíblica. O Mestre sabia muito bem o que queria dizer com aquilo, afinal, ele não era um mero sacerdote, mas o sumo sacerdote.

Agora, pedofilias à parte, o que mais assusta não sabemos se é um comportamento perverso, doentio e incontrolável como o que é praticado por alguns padres ou se é a postura da instituição religiosa que os protege.

Semanas atrás, após ter visto várias notícias a respeito do assunto, o depoimento que mais me causou espanto foi o de um bispo que disse: “a igreja não deve punir, mas amar. Certamente, o sacerdote que cometer pedofilia passará por um período de restauração, todavia, não pode ser punido. Ele é padre e, uma vez padre, sempre será padre”.

Outro depoimento que me deixou horrorizado foi o de um padre brasileiro que disse ao ser indagado acerca de algumas denúncias que recebera: “eu não tenho que confessar a ninguém se já pratiquei ou não tal pecado. Devo me confessar, apenas, a outro sacerdote”. Ah! Esta foi a pior!

Não vou me estender muito, porém, só diria o seguinte: por que a igreja não deve punir os padres comprovadamente pedófilos, entregando-os às autoridades? Que conversa é essa de amar e não punir? Sim, porque quando alguém ousou questionar algumas doutrinas – que todos sabemos, foram inventadas e aperfeiçoadas na Idade Média – o que lhe sobrou foi a fogueira. E os teólogos da libertação? Estes, coitados, passaram maus bocados nas mãos dos guardiões da sã doutrina, sobretudo, durante o pontificado de João Paulo II.

Agora, um comedor de criancinhas não é condenado ao silêncio, talvez é no máximo transferido de paróquia para um local muito distante aonde ninguém o conhece, mas um teólogo que ousa questionar as verdades absolutas da igreja, estes são merecedores de censura, críticas, exposição, não podem mais nem escrever nem lecionar. Enfim! Que contradição, não!?

E a confissão? Pra que serve? Para que o perdão de Deus seja possível passando através de um encanamento no qual não basta ter Cristo como junção mediadora, mas a Virgem, o Padre e a Penitência aplicada? Amigos, com todo respeito, vocês ainda acreditam nisso?

Não falo isso como um protestante apologista, porque nem de apologista protestante eu gosto. Falo como alguém que com toda sinceridade não consegue mais entender, tampouco crer em algumas coisas. Para mim, Infalibilidade Papal e Infalibilidade da Bíblia são a mesma coisa, só muda o terreiro. Aliás, no terreiro de verdade não se encontra dessas coisas.

Eu gosto de católicos como – e agora posso nomear com todo respeito sem ter de pedir licença – Hans Küng, Paulo Evaristo Arns, João Batista Libânio, Frei Betto, Leonardo Boff, Andrés Torres Queiruga, José Comblin, Eduardo Hoornaert, Roger Haight, que não se acham defensores da sã doutrina, mas tiveram e têm sensibilidade suficiente para perceber a aflição dos menos favorecidos, dos oprimidos, dos “diferentes”, dos adeptos de outros credos, praticantes de outra fé – seja qual for.

Estes homens não me conhecem. Com alguns deles tive poucas oportunidades de estar junto, mas nada que tenha se tornado num relacionamento próximo. Aqueles que já pude ver pessoalmente, vi em palestras, congressos, simpósios, nada além disso. Outros, Hans Küng, por exemplo, tive apenas a chance ler alguns dos seus belíssimos livros e artigos. Mas todos eles e até outros que aqui não foram citados, alguns até já falecidos, conseguiram através de seus textos, palestras, aulas, mas, sobretudo, através de suas vidas, me fazer acreditar que ainda existe gente séria neste mundo, apesar das repressões sofridas por eles por coisas que sempre fizeram em favor do próximo.

Estes e outros tantos que para o mundo e até para a igreja são verdadeiros anônimos – alguns que eu até conheço –, com todo o respeito, podem falar como o Mestre: deixem vir a mim as criancinhas, pois delas é o Reino dos Céus. Os demais, são suspeitos!

na Graça,
Jefferson

domingo, 11 de abril de 2010

Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.



Você é assim,
Um sonho pra mim,
E quando eu não te vejo.
Eu penso em você,
Desde o amanhecer,
Até quando eu me deito.
Eu gosto de você.

E gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta,
E a gente dança
E a gente não se cansa.
De ser criança,
A gente brinca,
Na nossa velha infância.

Seus olhos meu clarão.
Me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem o caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.

Você é assim,
Um sonho pra mim,
Quero te encher de beijos.
Eu penso em você,
Desde o amanhecer,
Até quando eu me deito.

Eu gosto de você,
E gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta,
E a gente dançar,
E a gente não se cansa.
De ser criança,
A gente brinca
Na nossa velha infância.

Seus olhos meu clarão,
Me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem um caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.

Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.
Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Como é a reunião no Caminho da Graça

por Carlos Bregantim

Perguntam-me como é a reunião no Caminho da Graça?

Respondo: É apenas um encontro.

Sim, simples assim.

Alguns aparecem só pra confirmar se é mesmo assim e, se surpreendem, pois, é mais simples do que imaginaram.

Começa pela sala na qual nos reunimos. Simples, com capacidade pra no máximo 150 pessoas.

Esta sala, nós alugamos só para o horário de nossos encontros, isto é, AOS DOMINGOS DAS 18H30 as 21H00.

Temos um acordo verbal com a diretoria do Clube Japones que nos aluga a sala por R$ 250,00 por reunião ( só pagamos se a reunião acontecer ), o que soma R$ 1.000,00 por mês.

Você pode achar caro, mas, estamos falando de São Paulo e, a localização é das melhores, pois, estamos na Vila Mariana, próximo da Estação do Metro Vila Mariana.

Dificilmente encontraríamos uma sala como a que nos reunimos, por menos que o dobro disto por reunião, nesta região.

Esta localização facilita a chegada de pessoas de todas as regiões da nossa cidade e até da Grande São Paulo.

Chego por volta das 17H30. Abro o local, sim, eu que abro o local.

Normalmente meus pais e a Lau estão comigo. O Paulo e Rosi chegam quase juntos e, as vezes, alguns queridos aparecem mais cedo pra ajudar-nos na adequação da sala para o encontro.

Como o Clube disponibiliza mesas e cadeiras, preparamos o local de um modo que todos possam ficar ao redor da mesa. Isto permite um ambiente mais aconchegante e informal.

Montamos a mesa do CAFÉ.COM.GRAÇA, que é enriquecida com o que cada participante traz e reparte com todos.

Nosso equipamento de som é é absolutamente básico. Permite o uso de microfone e um instrumento, que, nem sempre temos nos encontros, pois, não há este tipo de organização entre nós.

As 18H30, acolho os que estão e os que chegam enquanto faço uma DEVOCIONAL.

Convido-os para o CAFÉ.COM.GRAÇA, quando, investimos um tempo entre nós de conversa e celebração dos relacionamentos que podem evoluir para AMIZADES ESPIRITUAIS, inegociaveis nestes tempos áridos, individualistas e umbilicais.

Estamos relendo o Evangelho a partir da narrativa de Lucas. Minha reflexão gira em torno da tentativa de interpretar o Evangelho de um modo que faça sentido para este tempo.

A vida está acontecendo AQUI, AGORA, alias, "A VIDA ACONTECE ENQUANTO FAZEMOS PLANOS PARA O FUTURO" ou, ENQUANTO FICAMOS LEMBRANDO DO PASSADO.

Entendo que o palco de atuação dos seguidores de Jesus de Nazaré é no CHÃO DA VIDA. A minha vida, a sua, a nossa vida. Onde estamos todo dia, o dia todo.

Temos resistido à tentação de nos organizarmos.

Temos nos mantido simples e leves com mínimos de estrutura.

Não temos ministérios, departamentos, cargos, funções especificas, enfim, o que acontece entre nós é o que acontece naturalmente.

É assim que acontece todos os domingos.

Nosso encorajamento a cada um dos que conosco tem se reunido é:

-uma vez entendendo o que a Graça significa.
-uma vez ganhando a plena consciência do Evangelho.
-uma vez compreendendo que o Evangelho se vive no CHÃO DA VIDA e não no chão do palco de uma comunidade.
-uma vez consciente que o Caminho da Graça pode acontecer em qualquer lugar, qualquer hora e com quantas pessoas estiverem presentes na mesma graça.
-uma vez convencidos que com o Eterno não se faz barganhas, portanto, não existe um "toma la da cá"
-uma vez certos que a nossa resposta ao amor do Eterno é de vivermos a vida, livres e responsavelmente.

Enfim, sabendo disto, encorajo todos a sair pra vida e vive-la intensa e responsavelmente.

Tentar ser em qualquer lugar aquilo que tentamos ser nos palcos religiosos.

Tentar ser gente, no sentido de ser seres humanos melhores.

Tentar ser homens e mulheres plenos e responsáveis com tudo e com todos a volta.

É isso!

Se entender que deve, apareça pra um café e uma boa conversa.

Graça, paz e bem,

Carlos Bregantim