quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Reflexão (15) - Oração de um coração dilacerado


por Jefferson Ramalho

O que eu faço, não o sabes agora; compreenderás depois. (Jesus)

Pai,

Eu sempre acreditei em Tua existência. Sempre confiei em Teu cuidado para com a minha vida. Eu acredito que todas as coisas que acontecem em meu cotidiano foram previamente planejadas em Ti. Nada foge do Teu Absoluto e Soberano controle.

As decisões que tomamos são muitas vezes absurdas, rejeitadas, inexplicáveis e principalmente provocadoras de dolorosas conseqüências. O Senhor sabe o quanto meu coração está dilacerado no dia de hoje, o que não poderia ser diferente. Minha alma está despedaçada, mas em paz.

Como será o dia de amanhã? Eu tenho esperanças de que seja bem melhor para todos. Apesar da decisão ser minha, a dor é muito forte. Tão forte quanto a convicção de que não há outra saída. Seria terrível chegar à velhice e dizer para si: não valeu a pena!

Não valeu a pena não porque não havia benefícios e alegrias. Tudo foi muito bom. Na verdade, foi muito bom, mesmo. Contudo, há momentos em que aparentes alegrias precisam ser sacrificadas, para que uma alegria maior e verdadeira venha depois.

Do que Deus se agrada? Não sei, mas estou certo de que Ele se compraz na sinceridade do coração. Preciso de refrigério, Pai. Preciso de silêncio. Não seria correto continuar assim. Estou certo de que os ataques serão inevitáveis. Tiros de todos os lados tentarão me atingir.

Neste momento o que eu mais peço é que o SENHOR encarne sua Misericórdia nas pessoas que realmente são próximas a mim. Que a Graça, aquela que eu nunca merecerei, ocupe todos os espaços da minha existência, fazendo-me descansar em paz, certo de que lá na frente a felicidade virá.


na Graça,

Jefferson


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