segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Reflexão (83) - Vá embora, 2012! Venha logo, 2013



por Jefferson Ramalho

Este ano foi um dos mais dolorosos que já vivi. Ânimo para escrever neste meu espaço virtual, praticamente não existiu. Foram poucas postagens, pouca inspiração, poucas ideias. As dores tomaram conta da minha alma, do meu coração, como nunca antes. Perdas, decepções, lágrimas... Estes itens me sobraram! Como se não bastasse, resta-me homenagear meu avô Alcides, cuja partida ocorreu há quase nove meses. Pretendo nos próximos dias fixar um epitáfio em sua sepultura. Nele, além do nome e das datas de nascimento e falecimento, consta no rodapé simplesmente uma palavra, que a meu ver, diz tudo: saudades.

Não posso, também, ser injusto. Coisas boas aconteceram. Ao lado da minha companheira, esposa e cúmplice só acontecem coisas boas. Mas, não devo ser desonesto comigo mesmo, pois as dores, desta vez, suplantaram toda e qualquer expressão de alegria. Tudo o que eu quero que aconteça é que estes dias de dezembro passem logo e que chegue o ano de 2013. Espero que seja um ano melhor, feliz, com menos dores, com menos lágrimas, se possível, sem perdas. E se estas ocorrerem, que não sejam tão brutais como foram as de 2012.

Amigas e amigos que estão visitando este meu espaço pela primeira vez, deixo o meu convite. Faça um passeio neste blog, leia os meus outros textos, cada qual escrito em meio a uma situação específica da minha vida. Não me constranjo em dizer que as reflexões aqui publicadas e que foram escritas por mim (porque algumas poucas foram escritas por outras pessoas), falam um pouco, falam muito, e, às vezes, falam tudo a meu respeito. Isso, porém, só é percebido nas entrelinhas por aquele ou aquela que me conhece, que sabe o que experimentei de prazeroso ou doloroso nos últimos anos. Quem, contudo, não me conhece o suficiente, não deixará de ser provocado pelas coisas que escrevi neste período. Fica o convite!

Espero que em 2013 eu tenha ânimo, disposição, vontade, inspiração, ideias e mais ideias, para encher este espaço de novas reflexões, de novos desabafos, de novas provocações – sejam filosóficas, sejam teológicas – mas que seja um ano produtivo neste sentido.

Tenho planos para este ano que se aproxima e espero conseguir cumpri-los. Desejo escrever, estudar, amar, trabalhar, viajar, conhecer, apreciar, sorrir, pensar, conseguir, tudo isso e mais um pouco, muito mais que consumir, chorar, brigar, perder a cabeça, perder o que quer que seja, odiar, parar...

Cito tais verbos, porque em 2012 alguns deles eu pratiquei em demasia: sobretudo, em 2012 odiei e chorei, e eu tive razões para fazê-lo. Mas, isso não significa que eu não tenha amado ou sorrido. Todavia, as marcas deixadas pelo ódio sentido e pelas lágrimas derramadas, incrivelmente, permanecem.

A quem de 2011 para trás tinha o hábito de sempre passar por aqui para ler alguma coisa que, ao menos semanalmente eu costumava postar, peço desculpas por tê-los literalmente abandonado em 2012. Prometo e me comprometo ser mais assíduo em 2013.

Fico na expectativa de que o ano que vem por aí seja muito diferente, muito melhor do que tem sido este tal de 2012. Vá embora logo, ano ingrato; chega logo, 2013.

na Graça, apesar das desgraças;
Jefferson

foto: Poços de Caldas/MG - 18/06/2012 - 14h40.