Pai,
Sou fraco, ingênuo, pecador, soberbo, vingativo e perverso. Tudo isso habita dentro de mim. Não consigo me livrar dessas coisas. O que faço, Senhor?
Estou vivendo na própria pele a carência de alguém que sabe o quanto precisa de Deus, que o tem como Pai, mas não o sente agindo. Será que precisamos senti-Lo?
Deus não é palpável, nem sentido – na verdade, Ele é sem sentido – habitável, reduzível ao tempo e ao espaço, teologizável. Sua Soberania ultrapassa todas essas condições tão limitadas.
Ele é amor, é ilimitado, é santo de fato, é acessível, é limpo, essencialmente limpo. Eu não; eu sou imundo, sujo, e não tenho tempo para Ele. Tenho para minhas intenções perversas, que muitas vezes, ainda que sejam puras e sinceras, tornam-se perversas, quando se tornam substitutas do meu relacionamento com Ele.
Critico os que barganham, mas quantas e quantas vezes não penso em barganhar também? Desprezo a teologia da prosperidade, mas quando foi que aceitei trabalhar ou prestar serviços voluntários a alguém? Não apenas precisamos, mas também queremos dinheiro. Não estou aqui justificando as aberrações existentes no meio evangélico a esse respeito, mas estou pedindo ao Pai, para que despreze o meu pecado e me faça entender que a encarnação da Graça, acerca da qual tanto falamos, é realmente o perdão. E se os que fazem e estimulam a barganha, estiverem no céu? Eu vou me revoltar com Deus por causa disso?
O perdão que devo conceder ao meu irmão, não posso produzir em mim. É obra do Senhor!
Obrigado, Pai, por ter me perdoado, mesmo sabendo que eu não perdoaria.
constrangido por causa do Teu grande amor,
Jefferson
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Uma oração
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