segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Reflexão (76) - A igreja não vai acabar! Mas, estou livre dela!


por Jefferson Ramalho

Não se trata, neste caso, de acreditar em utopia na expectativa de que um dia ela deixe de ser utopia. Não é o caso! Fico lendo alguns dos poucos – mas muito interessantes – comentários que postam nos textos que escrevo aqui no blog. São reações que demonstram diferentes maneiras de olhar aquilo que escrevo.

Mas me divirto – devo confessar – com aquelas reações que parecem ter sido escritas por pessoas que acreditam tanto na igreja institucional que chegam a pensar que eu tenho esperanças de que um dia ela irá acabar só porque tenho sido tão crítico a ela.

Por favor, não me ofendam! Não sou burro, nem ingênuo, nem idiota! Pelo menos nisso! A igreja institucional não vai acabar. Somente um tolo pensaria nesta possibilidade. É cômico quando alguém escreve coisas do tipo: “__Jefferson, a instituição é uma realidade e é preciso aprender a conviver com ela.” Dá vontade perguntar: “__Sério? Eu pensei que não fosse uma realidade tão concreta assim, tão pouco concretizada!” Ora bolas, sobre institucionalização da religião cristã eu tenho dedicado boas horas de leituras dos meus dias nos últimos dois anos, desde que comecei o mestrado.

A igreja institucional começou no século IV, quando aquele infeliz do Constantino resolveu por razões distintas favorecer politicamente os não mais de 5,5% de cristãos que existiam no Império Romano já em fase de decadência política e econômica. Talvez, piores que ele, foram os bispos da época – Eusébio de Cesaréia era um deles – que aceitaram a concretização daquele conchavo, daquela aliança podre e repleta de interesses, daquele procedimento que culminaria no que todos que já leram o mínimo de história da igreja medieval conhecem.

Hoje, cerca de 1700 anos depois daquele processo só ter começado, as coisas ainda não mudaram. Pelo contrário, só pioraram! E, em minha opinião, tendem a piorar ainda mais. Reconheço o fato de que muitas coisas que aconteceram em minha vida até chegar no que vivo e experimento de bom hoje começaram no período em que eu me encontrava diretamente envolvido com a igreja institucional. Mas não entendo que isso deva servir de motivo para eu me silenciar. E é simples porque penso assim. Não posso trabalhar com hipóteses daquilo que não vivi pelo simples fato de que eu não sei como seriam as coisas hoje se eu tivesse trilhado outros caminhos.

O fato é que eu vivi na igreja institucional o suficiente para hoje não querer que muita gente que eu amo não tenha que passar pelo que passei. Para isso, não vejo motivo de agredir a fé dessas pessoas, pois elas são e sempre foram sinceras. Estão lá porque entendem que aquilo lhes dá algum sentido à vida. Respeito-as, mas alimento a esperança de que tais pessoas não sejam ingênuas como fui ao acreditar que estava num lugar onde imperava a honestidade.

Assim, prefiro boxear (plagiando Nietzsche, segundo a leitura do meu amigo Erik Vicente) os que se dizem, se acham, se declaram e se consideram fortes. Na semana passada eu dizia em aula: __Observem! Os caras que mais se doem com essas pauladas que costumamos dar na instituição são aqueles vivem literalmente à custa dela. Se ela falir – o negócio, a grande fonte de renda ou, para alguns, o bico (a grana extra) – vai tudo pro ralo! Não é nenhum pouco interessante perder dinheiro em pleno século XXI. Por isso a defendem tanto. Por que mais seria?

Está claro que a defendem não porque a amam tanto assim. Aliás, eles não a amam e nem nela acreditam como um dia talvez tenham acreditado. Digo isso, sobretudo, me referindo aos liberaizinhos de plantão, os quais se tornam os mais radicais ortodoxos quando você toca no calcanhar de Aquiles deles – a grana que recebem da igreja.

Por isso eu disse na reflexão anterior intitulada “Lutando pela igreja? Qual igreja?” que esses caras precisam defender a instituição mesmo, porque se o negócio deles falir, o que farão? Alguns até possuem uma profissão e terão como se virar, mas a maioria dificilmente terá uma fonte tão rentável, pelo menos a princípio.

Disseram-me dias atrás que com esses textos comprovo que não tenho demonstrado compromisso nem preocupação com seres humanos, especialmente aqueles que frequentam igrejas e lêem os meus textos aqui no blog ou em outros blogs que graças ao Ctrl C Ctrl V o reproduzem citando ou não a fonte. Não importa! Nunca liguei pra isso. O importante é que o texto chegue aonde puder chegar. E digo: __só escrevo o que escrevo e por escrever o que tenho escrito é que estou em paz comigo mesmo com relação a ter compromissos e preocupações com outros seres humanos. Portanto, ao contrário do que me disseram, é exatamente por me preocupar com outros seres humanos que eu escrevo o que venho escrevendo no meu modesto e não tão acessado blog.

A quem está me lendo! Que Deus livre você de passar o que eu passei nas mãos dessa corja de líderes evangélicos. Foram pouquíssimos os que me abraçaram de verdade e que demonstraram honestidade a ponto de até hoje eu os considerar como amigos. Poucos, mesmo! Talvez uns 2 ou 3, não mais que isso.

E hoje, olho para trás e vejo aquele período de tanta opressão, mentiras, alienação, ingenuidade, ostentações financeiras, inseguranças disfarçadas de coragem, medo apelidado de ousadia, isolamento, brigas familiares por causa do fanatismo religioso e tantas outras coisas ruins – apesar das coisas boas que aconteceram por causa da Graça Divina e não por causa da desgraça da igreja – que entendo o fato de ter passado por tudo aquilo para hoje estar escrevendo – somente escrevendo – na esperança de que alguns pouquíssimos possam ler, pensar, refletir e, se Deus quiser, não terem de passar por experiências semelhantes as que passei.

na Graça,
Jefferson

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Reflexão (75) Lutando pela igreja? Qual igreja?


por Jefferson Ramalho

Lutando pela igreja? Qual igreja? A do Nazareno? Não se preocupem, amigos; Ele não precisa que ninguém lute por ela. Jesus é Homem o suficiente para defendê-la.

Ou será que estão falando das inúmeras denominações evangélicas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo? Ah, estas muitos de vocês precisam defender, mesmo, pois são suas igrejas, não do Nazareno.

A igreja do Nazareno não tem logotipo, não tem estatuto, não é pessoa jurídica, nem possui nome fantasia. A igreja do Nazareno não possui e jamais possuirá o patrimônio que as igrejas de vocês possuem.

E querem saber? Vocês precisam defender seus patrimônios, mesmo. Vocês, de uma maneira espetacular, sem pregarem teologia da prosperidade como muitos por aí, atingiram um patamar tão elevado que a igrejinha do Nazareno jamais conseguiria.

Qual salário vocês recebem? Que carros vocês dirigem? Em quais bairros vocês moram? Quais marcas de roupas vocês vestem? Em quais escolas seus filhos estudam? Quanto vocês cobram por seus eventos biblicamente corretos?

Agora, não venham me dizer que os empreendimentos de vocês são a continuidade daquilo que o Altíssimo, através do Nazareno, iniciou há aproximadamente dois mil anos. Por favor, pra cima de mim, não!

Qual diferença seus congressos evangelística e socialmente corretos têm causado na sociedade? Os cafés que organizo e organizei nunca tiveram tal pretensão. Sempre foram encontros sem pretensões evangelísticas ou sociais. O intuito nunca passou de intelectual e o custo nunca ultrapassou os impagáveis R$ 10,00 para que todos possam tomar um bom café da manhã, custear as despesas – não os luxos eclesiasticamente corretos – dos palestrantes, e as despesas de divulgação impressa e virtual.

E vocês? Quanto vocês cobram por suas vozes preciosas e mentes brilhantes? Nada? Mas ficam emburrados quando não rola nenhuma ofertinha! Será que as suas palestras, na verdade, não são mais um “show da fé” com outro nome e estilo? Falemos a verdade: é grana ou não é grana que movimenta o negócio de vocês?

Quero deixar claro, aqui, que tem muita gente boa que se sentirá atingida injustamente ao ler mais esse desabafo. Outros, que deveriam ler e se enxergar, nem tomarão conhecimento que essas linhas foram escritas. Se souberem e lerem, dirão a si mesmos: mais uma desse Jefferson idiota! Piores serão aqueles que imediatamente se doerão pelo que estão lendo, pois são aprendizes que sonham em um dia não ter de fazer nada da vida para depender de uma igreja com a desculpinha esfarrapada de que estarão cuidando de gente!

Como já ouvi de alguns sábios de cabelos brancos: Serviu-lhe a carapuça? Então leva essa!

E aqueles puxa-sacos, bajuladores e bajuladoras de teólogos e pastores que, na necessidade de tentar garantir um futuro incerto, me chamarão mais uma vez de arrogante, frustrado e ingênuo!

A crítica que mais me chamou a atenção foi aquela que me colocou como decepcionado com a igreja institucional porque não consegui o que queria quando estive nela. Veja: isso não é crítica. É verdade! Eu queria realmente, como alguns – talvez a maioria – dos que criticaram meu texto "Sem igreja, graças a Deus!" poder um dia viver às custas de gente simples, viver pregando de igreja em igreja, dando aula de teologia e história da igreja não por profissão, mas por interesses disfarçados de vocação e devoção, e o que mais vocês quiserem listar nesta soma de tarefas exaustivas e prazerosas que tantos fazem porque realmente amam o que fazem. Oxalá fosse assim!

Será que preciso dizer que não estou generalizando? Acho que sim, porque senão alguns que faltaram – ou dormiram – às aulas de hermenêutica entenderão que estou falando de todos. Claro que não estou falando de todos! Sempre há raríssimas exceções. Raríssimas, mas há! Aqueles que, ainda assim, se sentirem agredidos, o que posso fazer por eles? Bajulá-los? Jamais! O fato de se sentirem ofendidos talvez lhes esteja respondendo que não compõem o grupo das raríssimas exceções.

Conheço um... Somente um! Este sim; não preciso mencionar seu nome! Ama a alma humana, crê num montão de coisas que duvido, mas ele crê com a alma. Tem defeitos como todo humano. Seu nome não precisa ser mencionado, pois a exemplo do Nazareno, ele não recebe glória humana. Logo, seu nome, pra quê ser mencionado? Para mim, basta que eu o conheça e o reconheça. Dignamente sustenta sua família, exercendo o ofício profissional que o Altíssimo o ajudou a alcançar. Nem por isso ele deixa de ser pastor, de ser esposo, de ser irmão, de ser amigo de gente que está sempre precisando dele. Por ironia, ele também é professor. E que professor!

Não quero ser agressivo, porque sei que não sou. Não quero aparentar incredulidade, porque creio até demais. Não quero ser mentiroso, porque não tenho sido quando escrevo. O fato é que às vezes, cá com meus botões e com minha esposa, digo o que estou pensando: no fundo, no fundo, eu acho que acredito mais em Deus e na igreja do que todos esses caras juntos. Eles não acreditam nela; eles dependem dela, é diferente!

Escrevi esses dias: “A igreja nunca lhe fará falta, você sim fará falta pra ela”. Enfatizei que essa segunda “falta” tem a ver somente com uma coisa: dinheiro, muito dinheiro. Um amigo complementou: dinheiro, trabalho escravo etc. Pois é! Eles ganham, sempre! Os outros, que sejam voluntários! Que palhaçada! Jesus Homem adoraria ver essa estupidez; e adoraria mais ainda quando soubesse que estão fazendo isso em nome dEle.

Brigaram comigo por causa do texto "Sem igreja, graças a Deus!" Ouvi e li de tudo. Não achei que fosse pra tanto! Arrogante, fracassado, mais um que se diz cansado, incrédulo, herege, cachaceiro, desviado, ingênuo, irresponsável, incoerente, frustrado etc.

Graças a Deus por essas palavras de elogio! Continuo sem igreja, e quando constato que são esses que a compõem, mais distante dela pretendo permanecer. É mil vezes melhor continuar fazendo todas aquelas coisas que listei no texto anterior, pois naquelas sim há comunidade, há unidade, há comunhão, há vida, há sinceridade, há espiritualidade, há Jesus de Nazaré sempre e presente.

Ou você é inocente ao ponto de achar que se o Mestre passasse hoje em frente à igreja que você frequenta, Ele perderia tempo entrando nela? Prefiro acreditar, com a garantia do que nos mostra a Seu respeito no evangelho, que Ele escolheria a mesa de uma boa chopperia ou até mesmo de um simples boteco... E, certamente, ele não beberia refrigerante!

Na Graça,
Jefferson

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sem igreja, graças a Deus!

Acredite! A igreja nunca lhe fará falta!
Vc sim, fará falta ($$$$$$$$$$$$) pra ela!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O que mais rolou no Twitter nessa madruga!


O que mais rolou no Twitter nessa madruga!

@paulorbs7 -Com certeza minha filha vai chamar Corinthians. Virgem pra sempre!

@lmascolo - Nem no Playstation o Corinthians pode se vingar, que não tem o Tolima... #tolima

@anarina - TOLIIIIIIIIMA MIL E UMA NOITES DE AMOR COM VOCÊ ?

@cellypereiraa - Ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem, raiando meu bem.. tem gente que vai embora, #centenada

@X_xooxii - Corinthians na Libertadores é igual Chaves. Todo mundo sabe o final, mas vê pra dar risada. #centenada

@revistaabsurda -Corinthians é eliminado de três Libertadores seguidas e pede música no Fantástico. #toliminado #centenada

@ale_historiador- Corinthans na Libertadores, qual é o nome do filme? À espera de um milagre! hahahahaha #centenada #toliminado

@DivaStefany - Corinthians e igual a Dercy a 100 anos fazendo a gente rir! #centenada

@ZanZan_ zandoná - Mão na cabeça que vai começar.... tolimination tion ?? #Centenada

@anessavanessa - Gordo é o Ronaldo, mas quem faz jejum é o Corinthians. #centenada

@danilogentili - E aí @ClaroRonaldo , que horas começa a twitcam ?

@walternunes - Você está achando o clima tenso no Egito? Experimente ir para Itaquera amanhã. #toliminado

@dansiilva_ Daniel silva - ‘Corinthians, vem sonhar Libertadores aqui fora, vem' (Pedro Bial) #toliminado

@bruno_mariott - Em campo só duas coisas não saem do lugar: a grama e Ronaldo. #toliminado #centenada

@guilhermenovaes - Ainda bem que o Colombo não era Corinthiano, porque se fosse nunca teria conquistado a América! #toliminado

fonte: www.yahoo.com.br

Gambá - um virgem de 100 anos!

Esta e outras divertidas homenagens ao Gambá vc confere no Pavablog.

Acesse o link: http://networkedblogs.com/dPQAT

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Timão ainda pode ganhar Libertadores 2011

Como?

no PlayStation!


fonte da imagem: http://zoacaofc.com/corinthians-pede-que-titulo-da-libertadores-ganho-no-playstation-seja-reconhecido

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Música boa é assim!

Gente,

Pra quem anda me chamando de incrédulo e arrogante, preste atenção nesta canção do Jorge Camargo para ver no que eu creio e no que eu, definitivamente, não creio mais!

Abração!

na Graça,
Jefferson